domingo, 10 de março de 2002

às vezes perco a esperança. no humano. no ser. acho que nada mais pode me surpreender. e sem a surpresa, nao posso admirar. nao posso admirar algo comum. e a admiração é a fonte da paixão. apaixona-se por aqui que espelha-se. aquilo almejado. aquilo que quer e pode ser atingido. sem surpresa nao há paixão. mas a surpresa nao seria surpresa se fosse dita com antecedência. a surpresa chega de mansinho e dá um susto. no meio da escuridão. e com essas surpresas reanimo a esperança. percebo, entretanto, que a quantidade de sustos diminui progressivamente. mas, enquanto houver isso, acho que posso continuar.

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