quarta-feira, 15 de janeiro de 2003

o texto abaixo, enviei para o lfv. ele nunca me respondeu. talvez pelo excesso de bobeira...

Seu Luis Fernando, o Veríssimo (posso te chamar de Seu Luis?)

fui obrigado, democraticamente, por unanimidade, pelos meus colegas de sala (uns trinta e poucos que fazem parte dos seus 17 leitores) para fazer este pequeno convite.

No dia 27 de janeiro do longínquo ano de 2003 nos formaremos. Caso, por algum acaso, esteja por estas bandas - Teatro Odilo Costa Filho, UERJ, Maracanã, Rio de Janeiro, Brasil, Terra -, à noite, nos sentiremos muito orgulhosos em recebê-lo como patrono de nossa turma.

Se você ficar um pouco curioso em saber o motivo que levou alguns moleques e molecas cariocas em convidar-lhe, eu poderia citar vários exemplos. Por exemplo. Um colunista que consegue arranjar assuntos todos os dias. Um jornalista com grande preocupação social. Um escritor de grandes obras pequenas e ótimas obras grandes – fugi do trocadilho, pode ver. Um gaúcho - regionalista como todo gaúcho - com visão lúcida, tão lúcida que dá vontade de dizer “Como não pensei nisso antes?”. Pai de três filhos. Filho de um grande homem e de uma grande mulher. Desenhista nas horas vagas. Indeciso no que ia fazer até quase os trinta anos - isso é um grande alívio para mim. Tímido. Saxofonista. Viu Charlie Parker e Dizzie Gillespie juntos. Conseguiu ler Ulisses, do James Joyce. Venera Borges. Escreve sobre complicações e mostra como são simples as coisas da vida. Mas, principalmente, você sabe o que é Relações Públicas. Nossa turma, infelizmente eu inclusive, tem metade de Erre-pês e metade Jornalistas. As únicas vezes que vimos os “homens de relações públicas” citados na imprensa foram nas suas crônicas.

Eu sei que é difícil. A sua casa é longe, todos nós somos preguiçosos, ninguém está jogando dinheiro fora, o dólar está nas alturas, o Lula deve vencer as eleições, mas, caso queira dar uma passadinha, as portas estarão escancaradas para você. Mas não ligue agora, com a sua ida ao evento, ganhará completamente grátis uma hiper-super-vitaminada-maravilhosa-mega-power-nitro placa com o seu nome.

Aguardo algum tipo de retorno – só não aceito sinal de fumaça porque é muito ultrapassado.

Abraços

r.

ps, o texto faz parte de uma coletânea própria intitulada “humor numa hora dessas?”. Desculpe-me os excessos. Não foram de propósito. Os erros foram.

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