terça-feira, 4 de fevereiro de 2003

(mais um texto da série "figuras do rio")

talvez por serem ambientes que ficam abertos durante 24 horas, talvez por ficarem abertos para qualquer um, talvez por estarem em qualquer lugar. o motivo único não existe, mas a conclusão é única, postos de gasolina são ambientes democráticos. nem que seja no contato motorista de volvo e frentista, ou modelo rica e famosa e atendente de lojinha de conveniência; pólos são ligados dentro de postos de gasolina.

com certeza absoluta, não é a democracia o adjetivo mais ligado ao posto de gasolina. mas, as estratégias de marketing das grandes distribuidoras fazem com que todos se sintam a vontade de passar - e ficar - dentro de uma loja de conveniência. o próprio nome diz isso.

e postos de gasolina representam bastante as figuras do seu entorno. seja na lagoa, tijuca, nova iguaçu. quer encontrar alguém, vá para o posto que é o ponto de encontro. a própria loja antes era vista como mais um elemento dentro da estrutura do posto. agora, é quase tão lucrativa quanto a própria venda de combustível.

e o combustível não vê a cor nem marca do carro que abastece. claro que para abastecer deve-se ter pelo menos o carro. mas, é normal encontrarmos bicicletas enchendo pneus, bêbados tomando as últimas e até carros dentro dos postos de combustíveis.

dentro de uma sociedade tão assimilada ao consumo, logo ao carro, postos de gasolina fazem mais parte do imaginário coletivo que uma igreja, ou coisa parecida. claro que haverá as carochinhas que desequlibrarão a balança, mas uma cidade é inimaginável sem um posto. um am pm. ou um hungry tiger. ou uma esticada ali no banco 24 horas dentro da loja para tirar dinheiro. ou no br mania...

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