sábado, 31 de maio de 2003

Casal

Os dois se viram pela primeira vez na fila do Espaço Botafogo para ver “Magnólia”, me lembro perfeitamente. Porém, só foram se conhecer, de saber nome, de conversar por horas, de rirem juntos, de ficarem colados, de se beijarem, só na noite daquele dia. Por coincidência, eu estava com ele em ambas às oportunidades.

Lembro que o Dinho – seu nome é Osvaldo, o mesmo do pai, mas ele detesta, acha formal demais – disse para mim, “Cara, se tu quiser, pode escrever essa história, aí. Não é você que gosta de escrever?”. Apenas sorri para ele. Sem sombra de dúvida, ele é um ótimo personagem, mas eu não tinha uma história na época.

Eu estava com ele na fila quando vimos as duas. Márcia, rosto lindo, baixinha, morena de corpo exemplar. E Carla, branca daquelas que nunca foi à praia, mas toda jeitosinha, toda charmosa. Ficamos nós dois parados, de lado para as duas, fingindo não reparar nelas, mas espionando rapidamente, quando elas não esperavam, só para impressioná-las.

Entramos na sala, e passamos a projeção inteira sem o menor vestígio delas. Quando o filme acabou, ainda tentamos acompanhá-las para saber se iriam ficar no café, ou em algum bar próximo, mas elas foram embora logo em seguida.

Desistimos e fomos, cada um, para as nossas respectivas casas. Tínhamos uma festa na mesma noite, e quando chegamos na boate, tinha certeza que Dinho nem se lembrava direito da menina que ele tinha visto. Mas coincidências existem, e Dinho não é o tipo de desperdiçar quando uma acontece. Márcia estava na festa, junto com Carla. Ficamos naquele jogo de olha, bebe mais um gole, dança, disfarça, finge ignorar, olha de frente para se fazer perceber, depois, com mais coragem proporcionada pelo álcool, se aproxima e diz algo que seja relevante. Dinho obviamente falou de nosso encontro prévio na fila do cinema. O papo logo caiu para o filme, os sapos que caem no final, daí para cinema de um modo geral e em pouco tempo estavam todos próximos. Ficamos os quatro juntos, conversando por horas, sem pressa, dissimulando falta de interesse, entendendo como o outro pensava, agia, bebendo mais uma cerveja, tomando mais uma caipirinha, dançando juntos ao som da música que tocava, até que num impulso, sem que eu ou Carla percebêssemos, Dinho puxou Márcia pelo braço para um canto escondido da boate. É claro que demos falta dos dois, mas essa foi a deixa para eu me aproximar de Carla também. Fomos embora da festa juntos. Dinho me disse depois que após me deixar em casa, e a Carla na dela, levou Márcia para a dele. Afirmou que ficaram horas acordados, mas não aconteceu nada demais nessa noite.

O meu caso com Carla durou apenas aquela noite e me senti mal com isso. Principalmente porque o Dinho começou a namorar, logo em seguida, com Márcia. Na segunda vez que nos encontramos, me aproximei da Carla, e ela foi altamente grosseira comigo. Disse na minha cara que aquela noite foi um erro. Nunca se espera algo dessa natureza. Assim, conforme Dinho e Márcia se encontravam, felizes, eu me sentia pisoteado por tabela. Como se a felicidade deles dependessem da minha depressão. Fiquei assim por uns três meses, até o Dinho terminar com a Márcia.

Márcia foi a primeira namorada que ele teve. No início do relacionamento dos dois, como sempre acontece, tudo funcionava como uma máquina bem calibrada. Com o tempo, ele não teve experiência, nem maturidade para encarar o desgaste do relacionamento. Já prestes a desmanchar, dizia para mim que só ficava com ela por causa do sexo. Entretanto, se sentia asfixiado por ela. Nunca tinha ficado tanto tempo só com uma mulher. Ele começou a reparar nos pequenos detalhes dela e tudo se transformava em defeito. A maneira como ela preparava o Nescau, por exemplo. Ela colocava três colheres de sopa de chocolate e ainda mais duas de açúcar. Dinho achava aquilo horrível, porque ficava doce demais. Ou o jeito que ela dormia, sempre encolhida com o travesseiro entre as pernas. Ou os filmes que ela queria ver. Todas as pequenas coisas eram motivos para o desgaste. E Dinho nunca chegou a brigar com ela, de fato. Foi acumulando as insatisfações, empurrando para debaixo do tapete tudo o que ele não gostava e num dia qualquer disse que não podia mais ficar com ela e foi-se embora.

Junto a isso, vieram as férias de final de ano e ele foi mandado embora do estágio, o que confirma que desgraça não vem sozinha nunca, e o deixou com bem menos dinheiro do que esperava. Logo não pôde viajar comigo, nem com ninguém. Passou a virada de ano em Copacabana, praticamente sozinho. Quando voltei, ele me falou que foi a pior experiência da vida dele. Estava se sentindo muito só desde que rompera com a Márcia. Falei para ele a procurar, mas ele me respondeu que estava meio sem jeito, que eles haviam terminado de uma maneira estúpida demais, sem conversar, sem ele explicar nada direito. E como eu – numa dessas coincidências da vida – estava trabalhando com ela, pediu para que eu fizesse a ponte. Não havia desencanado totalmente da Carla, mas confiava que se os dois voltassem, isso não iria interferir no meu humor. Aceitei. Disse que contaria toda a história triste, a fossa que o Dinho passava.

Liguei para ela e fiz melhor. A convidei para uma festa. Lá, ele teria a oportunidade de conversar com ela durante todo o tempo. Márcia havia se aproximado de mim nesse ínterim. Sabia que ela estava magoada com ele, embora soubesse também que ela gostava dele. Bastava que ele conversasse com ela.

Os dois ficaram juntos quase toda festa. Eu conversava com Márcia, quando Dinho passou por mim e nos interrompeu, afirmando que queria falar com ela. “Eu estou conversando com ele, não dá para perceber?”, ela disse para ele. Eu fiquei quieto. “Você não pode me dar um minuto da sua atenção”, ele já falava mais exaltado. Ela bufou baixo e quando olhou na minha direção, eu já não estava mais ali. De longe, pude perceber o gesticular dos dois. Ela passou boa parte da conversa com os braços cruzados na frente do corpo, enquanto ele andava de um lado para o outro, falando num tom de voz bem acima do normal. Por várias vezes, escutei o pedido dela para que ele falasse mais baixo. Ele pedia desculpa, para logo em seguida falar novamente quase aos berros. Num momento, ele parou de andar, esticou o braço e tocou nos braços cruzados dela, ela não retirou, ele segurou o antebraço e olhava no rosto dela, ele puxou os braços dela e eles desfizeram aquela tentativa de nó. Ele baixou o rosto, ela mexeu no cabelo dele, ele levantou já próximo do rosto dela e os dois se beijaram.

Juro que aquilo não me atingiu da maneira como tinha medo. Já não me sentia como o pêndulo da relação deles. Os dois ficaram longe do resto do grupo e eu fiquei tranqüilo. Tinham ficado separados menos de dois meses.

Dessa segunda vez, o início dos dois passou por algumas provas que pareciam denotar uma longa duração do namoro. Teve a festa da Soninha, amiga dela que ele detesta, por exemplo. Na cobertura do prédio dessa menina, onde só cabiam umas vinte pessoas. Todos conversavam entre si e Dinho teve que passar toda a noite falando exatamente com a Soninha. Tudo porque Márcia encontrou algumas amigas que não via desde a época do colégio e ficou boa parte da festa com elas. E a anfitriã não quis deixar Dinho sozinho. Soninha era exatamente o oposto de pessoa que Dinho gostava. Ela é rica e fútil e sua conversa gira em torno do próprio umbigo, roupas importadas, carros de grife, marcas conhecidas, um universo bem distante do Dinho. Ao saírem, ele espumava. Márcia perguntou por todo o caminho o motivo e ele ficou quieto até quase chegar em casa. Quando abriu a boca foi para pedir, em tom de ordem, que nunca mais o fizesse ir numa festa desse tipo. Ela nem discutiu, apenas também ficou quieta.

Depois disso, voltaram ao normal. Viajavam a cada final de semana. Viajaram no carnaval, Tiradentes, na semana santa e Dinho veio conversar comigo. “Não dá mais”, começou ele. “O que houve, cara?”, tentei apaziguar. Dinho disse que tinha chegado a conclusão que não gostava dela. Apenas a usava com medo da solidão. E essa situação estava se agravando. Mais uma vez ele começava a achar defeito nela onde, ele sabia, não existia. “Tenho que tomar uma decisão”, ele falava enquanto mexia o copo americano em cima da toalha de papel encharcada na mesa do boteco, “Vou terminar definitivamente”, e num gesto teatral, virou a cerveja direto na goela.

Entretanto, para piorar, Dinho enrolou por mais alguns dias. Mais uma vez, eles não brigavam. Dinho ficava, apenas, cada vez mais quieto. E Márcia encarava isso como algo normal, como se o comportamento dele fosse esse mesmo em certas horas. Ou ela não queria ver. Ou ela tinha medo de que se conversassem, tudo poderia piorar. Ele me parecia nitidamente irritado com tudo, mas eu nunca a vi tentando conversar sobre isso. Não sei nada ao certo, isso é apenas uma hipótese. Eu sei que não há nada de concreto e tudo não passa de suposições, mas ela nunca tentou conversar com ele, senão eu saberia.

A bomba estourou no pior momento possível. Três dias antes do aniversário dela – ela já tinha gastado um dinheiro para uma festa, chamado vários convidados, reservado uma boate – ele foi à casa dela buscar suas coisas. Entrou quando ela abriu a porta, não a cumprimentou, foi direto no quarto, pegou suas roupas, colocou numa sacola – ela acompanhava assustada ao seu lado, sem conseguir pronunciar nem uma única palavra –, foi em direção à saída, parou debaixo do batente, virou-se para ela e disse, “Tá acabado”. Ela tentou dizer algo, perguntar alguma coisa, mas as palavras ratearam. Foi o tempo dele pegar o elevador e ela sair correndo para a janela. Quando ele apareceu lá embaixo, ela gritou, “O que, Dinho? O que você disse?”, ele apenas se virou, olhou para cima e a ignorou completamente. Saiu andando pela rua até chegar no carro. Ela observou o caminho dele, e quando o carro zarpou, deixou seu corpo cair, sem forças, se arrastando pela parede até o chão, abraçou os joelhos e chorou baixinho, em estado de choque.

Márcia foi à sua própria festa, mas ela não estava exatamente lá. Ficou a maior parte do tempo sentada num sofá, bebendo algo que não estava fazendo efeito algum sobre ela. Márcia estava aérea, distante, alheia a todo mundo que ia lhe dar parabéns. Parecia sedada. Algumas pessoas tentavam conversar e ela respondia apenas com sorrisos impessoais.

Lá para as quatro da manhã, quando grande parte dos convidados já tinha ido embora e eu já pagava a minha conta para também ir, Dinho entra no salão, completamente bêbado. Ela se levanta de pronto e, calada, acompanha os passos dele. Ele carrega um embrulho e caminha cambaleante na direção dela, ela arregala os olhos. Quando está bem próximo, ele fala de maneira embaralhada, “Eu não disse que viria? Pois é, tô aqui. Agora você não vai poder falar nada. Eu tô aqui. Pronto, eu tô aqui”, e repetia que estava ali, que ela não poderia reclamar, nem culpá-lo, nem nada. “Toma”, esticou o pacote para ela que o segurou. Ele pegou o pequenino corpo dela com ambas as mãos e o puxou para si, deu um beijo na bochecha esquerda e depois na direita, no gesto quase de pantomima, no que ela ficou parada, sem esboçar nenhuma reação. “Viu como eu sou educado. Viu como eu sou moderno”, virou-se na direção da saída, levantou a mão direita e disse sem ao menos olhar para ela novamente, “Agora, tchau”. E da maneira que entrou, cambaleou de volta. Antes de ele sair, ela gritou, “Peraí”, ele parou, se virou, toda a boate acompanhava os dois, ele percebeu isso, “O que é que vocês estão olhando?”. Ela continuou, “Peraí, não vai embora”, “Eu não tenho nada para fazer aqui”, ele se virou e foi embora. Ela deixou cair o embrulho no chão e o corpo no sofá. Acredito que ela ficaria ali para sempre, se não a tivessem carregado para casa.

Os dois se separaram completamente. Dinho não queria nem ouvir falar o nome dela. Márcia demorou um tempo para se acostumar com a nova situação. Ficou na merda completa. Emagreceu perceptivelmente, vivia com olheiras e chorava à toa. Demorou uns bons dois meses para ela voltar às suas atividades normais. Um tempo depois, foi Dinho que começou a se sentir novamente muito sozinho. Ele até que saiu com outras meninas, mas não conseguiu sentir nada demais. Elas apenas preenchiam um espaço por pouco tempo. Dinho dizia que não gostava de Márcia, mas tinha ainda menos paciência para com as outras meninas. Passou mais alguns meses e ele recebeu a notícia, por mim, que Márcia tinha arranjado um novo namorado. Ele não perguntou quem era, mas se sentiu, na hora, traído. Repetia em voz alta para si mesmo, “Como é que ela teve coragem, como é que ela teve coragem”, e esquecia que tinham passado mais de cinco meses desde que eles se separaram. Depois, quando percebeu que ela não tinha nenhuma obrigação com ele, ele percebeu que tinha perdido algo. Sabia que ela era dele, e pensava que a qualquer momento que quisesse voltar, ela estaria disposta. Agora não mais.

Nessa época, ele ficou um bom tempo sem sair com ninguém. Dizia sem interesse até mesmo para sair de casa. Eu o convidava e ele sempre tinha alguma desculpa. Só ia para o novo trabalho e de noite para a faculdade. Não ia mais às festas, ou participava de qualquer programa com os nossos amigos. Ele nunca me explicou direito o motivo disso, e, em se tratando do Dinho, acredito que nunca vai dizer mesmo. Podemos apenas supor.

Com quase um ano depois do término do namoro dos dois, ele voltou a aceitar a diversão como algo saudável. Primeiro foi aos cinemas, depois aos bares, às festas. Mais dia, menos dia, acabaria acontecendo o que aconteceu. Dinho estava tomando uma cerveja, conversando com alguns amigos numa festa e Márcia aparece com o namorado. E eu era o namorado. Ele tentou disfarçar, mas não conseguiu. Interrompeu uma frase no meio para olhar-nos. Conseguira esconder até aquele momento, mas a hora de enfrentá-lo tinha chegado. Entramos no salão e percebemos os olhos dele pesando em cima da gente. E, junto a isso, parecia que o resto da festa tinha se tornado, de uma hora para outra, em espectadores e, nós, em atores de um espetáculo cujo final era uma surpresa. Fomos para um canto e fingimos nos divertir. Fingimos dançar, fingimos conversar, fingimos estar nos sentindo a vontade. Não tínhamos cumprimentado ninguém de perto, apenas com acenos discretos de longe, para evitar passar pelo constrangimento de falar com ele. Mas, depois de algumas músicas e algumas cervejas, ele que veio falar conosco. “Então, você é o namorado dela, hein?”, e, antes que eu esboçasse qualquer tipo de resposta, continuou, “E, você nem tinha me dito que estava namorando”, e virou a lata de cerveja. Eu e Márcia quietos, acuados como presas, “Que amigo filho da puta você é”, e deu uma pausa para sentir a frase explodir. Senti meus dedos dos pés travarem na hora de nervoso, “Nem conta que está namorando”, eles se afrouxaram um pouco, mas não era nada confortável. “Você sabe a situação era um pouco mais complicada...”, tentei melhorar a situação. Ele bateu no meu ombro, balançou o queixo para apontar para ela, “Aproveite. É uma ótima foda”, e saiu. Fiquei, ficamos, eu e ela, estáticos, covardemente paralisados.

A festa se transformou num exercício de paciência. Era óbvio que queria ir embora o quanto antes. Todavia, isso não seria nada de bom tom. Além de apenas postergar o problema. Se queríamos ficar juntos, tínhamos que ter um pouco de coragem, pelo menos dessa forma. “Vamos embora”, ela me pediu, assim que tinha me convencido de ficar e enfrentar o Dinho. Tentei falar para ela que não era o certo, que deveríamos enfrentar, e ela me interrompeu. “Fica quietinho. Vamos embora e fica quietinho”. Não pronunciamos mais nenhuma palavra.

Evitamos, de todas as formas possíveis, encontrar com o Dinho no dias seguintes. E tivemos um certo resultado positivo com isso. Nunca mais freqüentei a casa dele, nem fomos às festas do nosso grupo nem aos lugares que ele normalmente ia. Mantivemos esse tipo de regime por algumas semanas. Entretanto, depois que encontramos Dinho, a nossa relação tinha se esfriado. Nunca fora algo realmente emocionante. Costumava fazer tudo junto dela, ia até para os tradicionais, e chatos, almoços da família dela, coisa que nem o Dinho se propôs. Mas nesses últimos dias, éramos dois estranhos que se encontravam porque tinham que se encontrar, nada além. Saímos, quando conseguia tira-la de casa, e ela logo pedia para ir embora. Inventou milhares de desculpas para não dormir na minha casa, nem eu na dela. Me evitou de formas variadas, só conseguia vê-la nos fins de semana, e mesmo assim, sempre pedia para eu deixá-la. Foi quando num domingo, dia 15 maio, ela me chamou na casa dela. Sabia exatamente o que iria acontecer, mas mesmo assim fui. “Não dá mais para continuar assim”. Ela fez um discurso enorme, com todos os motivos, nenhum era o real. Disse que nós não gostávamos um do outro o suficiente, que queria rever pontos da vida, que queria dar apenas um tempo. Escutei tudo dela sem pronunciar uma única palavra. Quando ela acabou, me levantei e fui embora. Seco, quieto, mas triste, amargurado, oco por dentro.

Fiquei mal, como não ficava há muito tempo. Sentia-me como o lixo do mundo. Como a escória. Tentava achar algum sentido na minha vida, e não chegava a nenhuma conclusão. Pensei que nossa vida era boa. A nossa estabilidade, a nossa vida em comum me dava uma segurança que nunca tinha tido. Márcia funcionou para mim como um troféu que eu conquistei. Tive que me dedicar muito na empreitada, mas fui agraciado no final. Com a perda dela, fiquei sem parâmetros, sem referências, sem saber direito quem eu era.

Mesmo assim, tentei voltar a minha vida – dita normal – em pouco tempo. Alguns amigos insistiram que ficar em casa não ia melhorar em nada a situação. E encontrá-los me aliviaria um pouco, teria a possibilidade de pensar em outra coisa. Na minha casa, tudo me lembrava a Márcia. Tentei racionalizar o problema, ser o mais prático possível. Hoje, acredito que não foi uma boa idéia. Mas foi a única que apareceu naquele momento.

Por isso resolvi ir à festa no final de semana passado que uns chegados organizaram. Era aniversário de um grande amigo meu, e as suas festas costumavam ser homéricas. Era certeza de encontrar uma galera lá que não via há tempos. Me aprontei e fui cedo para lá. Queria chegar antes de todo mundo para não perder nada. E fui impelido a sair de casa pela minha ansiedade. Imaginei que ficaria jogando papo-fora, beberia uma cerveja, essas coisas. Contudo, nada ocorreu da maneira como eu previa. Saltei do carro, caminhei apressado para a casa de festas e avistei o casal. Diminui o passo até parar completamente na calçada. As primeiras pessoas que vi na fila foram Dinho e Márcia. Juntos.

Pronto. Já tinha a história para contar.

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