sexta-feira, 2 de julho de 2004

Teoria da Conspiração

Tem gosto, jeito e cheiro de teoria da conspiração. Mas pode não ser. Apenas fiquei encabulado com uns pensamentos que tive por esses dias. Porque as respostas para perguntas aleatórias que me fiz sempre tinham a mesma resposta.

Quem é o proprietário do mais recente sucesso / hype da internet (novidade esta que você preenche com todos os seus dados pessoais, informações profissionais e um mega etc)? Quem vai fornecer um serviço de e-mail de um gigabyte? Quem é dono da melhor ferramenta de busca na internet?

Poisé meu caros, segundo esse meu raciocínio simplista, o vilão da história chamada futuro não será a AOL, Microsoft, Time-Warner nem mesmo a Globo. Mas ele, o próprio, primeiro e único, o famoso, o inigualável, o inimitável Google.

Com a quantidade de informações que eles já são capazes de filtrar, sem que para isso os tenhamos ajudado, já é para se assustar. (Já pesquei conversas dentro de listas de discussões – algo que, na teoria, deveria ser privado.).

Agora lembre do Orkut: febrezinha sem nenhum motivo ou sentido que se vende como a real “aldeia global”, com comunidades para todos os gostos e que para participar deve-se preencher um cadastro (eles tiram tanta onda que nem obrigam a você a colocar todas as suas informações, só as mais importantes) com dados sobre sua vida particular, seus gostos, seus anseios, sua situação trabalhista, seus amigos e muito, mas muito mais.

Pense agora nesse tal de Gmail que mudará de maneira polar o serviço de e-mails. Com tanto espaço de armazenamento, ninguém necessitará apagar os e-mails que recebe, pelo menos não com tanta freqüência.

Daqui a pouco, o seu perfil, e suas correspondências pertencerão a uma única empresa. Ou seja, suas informações serão monopolizadas. E isso não é chute, é somente o óbvio. O que eles farão com essas informações é exatamente onde nasce a teoria da conspiração.

O meu chute, o que me parece mais provável, é que nessa ficção chamada “futuro”, aconteça o que um camarada meu (Abel) já sugerira: teremos sempre dois computadores em casa, uma para ficar sempre ligado na rede – e cujas informações não mais te pertencerão, mas a todos que quiserem vasculhar-lhe – e outro de uso particular, privado, que nunca deverá ser conectado diretamente à internet.

É sobreviver para desmentir / comprovar.

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