terça-feira, 28 de junho de 2005

O acaso - notas soltas

- Esqueci-me de colocar esse adendo no post abaixo. Ou melhor, não foi exatamente, ou apenas, um esquecimento.

- Além do todo escrito, há ainda o que um tal de William Shakespeare chamava de "razões que a própria razão desconhece". Acaso, coincidência, esses detalhes que não existem.

- Quando tinha uns 16 anos, mais ou menos, fiquei amigo de um professor coroaço que contava um historinha muito curiosa. Segundo ele, a pessoa mais fácil de se hipnotizar é aquele que fala "nunca vão conseguir". Os piores, óbvio, são os que não acreditam, de maneira nenhuma, na hipnose.

- Quinta, enquanto escrevia a nota abaixo, encontrei com uma amiga de anos no msn. Perguntou como eu ia, falou da sua atual atividade (artes gráficas) e insistiu que eu lhe desse meus dados biográficos: ela queria fazer meu mapa astral.

- Argumentei que não, não era bom saber do meu futuro porque se o soubesse, preguiçoso como sou, ficaria parado até que a profecia se realizasse.

- Lembra (sem querer me comparar, mas já o fazendo) do Neo no primeiro e único "Matrix" que presta, quando ele vai ao Oráculo e ela não lhe diz nada relevante, apenas para que ele cumpra completamente a sua missão? Então...

- Minha amiga afirmou que falaria apenas sobre mim. Sobre as minhas possibilidades, sobre o que eu sou e quais princípios eu tenho para alcançar qualquer fim. Estava um pouco agitado, aceitei.

- Mesmo aí embaixo, disse veladamente que o ser humano é feito de crença. Você deve crer em algo para existir. Se o mundo é sua vontade e sua representação, e se vc não tem ambas as coisas, o seu mundo é o nada, o vazio, a ausência. Logo, o mundo é algo racional, relativo e muito baseado em crenças.

- Qualquer crença é infundada. O ato de crer é absurdo. Por outro lado, a própria razão perdeu toda a sua credibilidade, nos últimos anos, quando não deu todas as respostas. Por isso o crescimento do esoterismo. Mas esse papo é para outro dia.

- M. escreveu: "só para constar, a astrologia é milenar, se fosse assim tão esotericamente inútil, não resistiria todo este tempo......os antigos cientistas, as grandes civilizações a usavam"

- Após um diálogo que editado deu em três páginas, me senti tremendamente leve, seguro e confiante. Não quer dizer que eu me transformei no mais ardoroso esotérico, toc, toc, toc, bate na madeira. Não cri em tudo aquilo que me foi dito, mas tais palavras funcionaram como analgésicos (placebos, como todas as drogas) para a minha alma.

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