segunda-feira, 4 de julho de 2005

O início

Acabei de ver "Batman Begins" e achei um excelente blockbuster. Há perseguições de carros, lutas dentro de trens, mas há uma mensagem implícita na história. Filmes não precisam ter moral, ao final. A arte deve ser apenas bela, deixando a interpretação do que é belo para aquele que a enxerga/sente. Mas blockbusters são muito melhores quando possuem uma mensagem subliminar, que não infantil ou infantilóide.

O Batman de Chris Nolan me fez relembrar de quando eu era bem pequeno e um rato de locadoras. Alugava qualquer coisa que respingasse sangue (que nenhum psicanalista esteja lendo isso). Assistia a todo o filme ansiando pela morte do vilão ao final. De preferência, com requintes de crueldade. Quanto mais violento, mais eu apreciava a obra. E, depois do vídeo-cassete, imaginava em brincadeiras, formas ainda mais cruéis de assassinar os homens-maus. Queria exterminar a maldade, o erro e o medo. O meu senso de justiça era pautado por "Dirty" Harry Callahan.

Por isso, "Batman Begins" funciona. Por mais que possa parecer ingênuo ou mesmo óbvio Bruce Wayne falar que sua compaixão o diferencia dos assassinos e corruptos a quem ele deve combater, ou que justiça não é vingança, mas harmonia, ou que devemos tentar construir, não destruir, estes pequenos e simples conceitos tornam o longa melhor que se tivesse apenas 120 minutos de idéias vazias.

ps. Incrível como Gothan é familiar. Ou só eu achei isso?

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