terça-feira, 13 de junho de 2006

A um dia do vigésimo aniversário de morte do argentino, uma pequena cópia do sujeito que foi o meu orientador na monografia da primeira faculdade sobre o argentino:

"Fico esperando ser lido e encontrar alguma empatia por parte desse hipotético leitor, provavelmente algum amigo que não tinha nada melhor que fazer. Sim, pois o fato de ser narcisista não me impede de ser, também, realista. Sei que só lêem isso aqui um punhadinho de colegas meio desocupados. É óbvio que não sou nenhum gênio incompreendido, nenhum mestre da pena (eles já não existem mais), nenhum cavaleiro solitário. Aliás, a bem da verdade, nenhum desses personagens continua sendo viável no contexto “pós-moderno” em que vivemos. O que me dá certa esperança é que a tal pós-modernidade também trouxe uma relativização tão grande de todos os valores que ninguém tem mais nada em que se agarrar. Toda crença ou atitude é tão válida quanto qualquer outra. Portanto, eu posso, paradoxalmente, me levar a sério e rir das minhas infantilidades. O que me importa é que gosto disso: de ser meio visceral, da dramaticidade textual, de me imaginar sendo lido por alguma inexistente alma gêmea. Logo, vou continuar fazendo enquanto estiver me divertindo."

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