terça-feira, 20 de novembro de 2007

Crepúsculo do macho

Não é de hoje que se fala sobre a decadência masculina em relação à supremacia feminina, que já se instala. Os papéis nos relacionamentos estão se invertendo, com os homens agindo com os mesmos cacoetes que eram identificados às mulheres.

Mas isso não foi descoberto ontem, nem semana passada. Mario Monicelli em seu "Casanova '70" coloca Marcelo Mastroianni como um major da Otan que se transforma de conquistador em personagem acuado. Ele diz que os homens estão acostumados a caçar e, se não agir desta maneira, perdem a libido pelo sexo oposto.

Não exageremos. Já se passaram quase 40 anos, desde então. Mas que este foi o primeiro pilar a ruir da segurança masculina, estão aí todas as colunas do Jabor em que ele reclama da falta de cortejo e comenta como as símbolos sexuais são feitas para serem olhadas, nada mais, que não me deixam mentir.

Legal no longa é que, além do humor politicamente incorretíssimo costumaz, Monicelli não "resolve" o "problema" encontrado. Apenas aponta que o sujeito-homem vai ter que se virar com essa nova realidade. E Mastroianni dá o seu jeito.

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