quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Transtornos

A minha ruinha, coitada, é sem saída, mas limpinha. Fica na esquina da Pasteur, onde os muitos carros que vêm de Copacabana, do Rio Sul ou dessa parte da Zona Sul mais rica em direção ao Centro via Aterro do Flamengo desembocam. Então, o barulho de motor é alto, incômodo e constante. Não me surpreende que eu não goste de fórmula um.

Anexe à informação do parágrafo anterior que a CEG está quebrando o asfalto com aquela britadeira, ícone das cidades que se consideram grandes, para fazer uma obra de "emergência". Também armazene que a Fundação Parques e Jardins resolveu podar as árvores justamente neste período - ou seja, a ruinha (Bartolomeu Portela) ficou praticamente intransitável.

Mas o Oscar da ingestão, da falta de organização e respeito para com o próximo foi dado para o Teatro (ex-cinema, ex-bingo) Veneza. Além de roubar uma área correspondente a cinco carros para os táxis na minha rua, eles colocam cones impedindo que estacionem em frente ao estabelecimento - para ser um área de "carga e descarga" de vans de velhinhas.

Não satisfeitos, eles "autorizam" (não sei com que autoridade) que os táxis parem em fila dupla na rua, para os "sem vans". A rua, que já é difícil entrar, fica quase impraticável.

Ontem, entretanto, a sem-noçãozice e o caguei-um-balde-para-você-zice atingiu mares nunca dantes navegados. Além da fila dupla, havia uma terceira fila! Um taxista parou, com o auxílio do segurança do ex-cinema-e-bingo, que pedia calma, no meio da rua para receber duas velhinhas que pareciam não se importar com o transtorno e levá-las para o seu "Cocoon" natal.

Por isso, quando desejo que mais esse empreendimento feche, não estou desejando o mal a outrem, mas o bem a mim mesmo. Sugiro, no local, um supermecado.


ps. Ainda bem que eu já consegui o número de emergência da Guarda Municipal (0800-21-1532). Não é nada, não é nada... não é quase nada mesmo.

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