quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Desimportâncias

- Vi, dias desses, em uma dessas colunas de pequenos textos de um jornal de grande circulação, uma alusão a um livro escrito a quatro mãos por... quatro pessoas. Bem. Não sei de quando é essa expressão, portanto, não sei se a referência é à época em que todos escrevíamos com canetas-tinteiros. Entretanto desde a massificação da máquina de escrever, é complicado pensar que alguém batuque apenas com uma das mãos. O que me faz pensar sobre a origem dessa expressão. Será que deveríamos atualizá-la, ou é melhor mantê-la no original, como acontece com o "discar" dos telefones? Ou ainda foi um simples e curioso erro que desencadeou todo um raciocínio sobre a nostalgia das expressões?

- A minha tendência é acreditar na última opção, do erro. Principalmente porque no mesmo espaço, há questão de semanas, saiu uma nota em referência à vinda da dupla [sic] Belle & Sebastian ao Brasil. Sem mais comentários.

- Ó como tá forte o meu preconceito. Agorinha mesmo, vi um moleque correndo na rua descalço, a toda. Pensei: daqui a pouco passa a assaltada. Para a minha surpresa, de repente, ele voltou, tão rápido quanto ia, e ainda sem nenhum calçado. Antes de ter qualquer outro pensamento preconceituoso, fiquei apenas intrigado. O que o moleque tá fazendo? Ando mais um pouco e vejo: ele estava marcando o tempo de sua corrida, contra os amiguinhos. Estamos tão mal-acostumados que quando vemos atletas pensamos em ladrões. Vergonha de mim.

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