quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Django Unchained e a catarse coletiva


Além de todas as citações cinematográficas, de todos os diálogos geniais, dos roteiros intrincados, das soluções quase miraculosas, da edição que fez história, da música marcante... Além disso tudo, há um elemento em todos [todos?] filmes de Tarantino: a vingança. Sempre há alguém querendo correr atrás de um grande prejuízo para, por meio de uma catarse violenta e bastante sanguinolenta, expurgar esse gosto ruim de ter sido prejudicado no passado. O ápice, claro, são os dois "Kill Bill".

Após isso, parece, Tarantino não tinha mais do que se vingar, em termos pessoais. Ele teve que buscar as grandes culpas da humanidade para, com o seu cinema, tentar vingá-la, ela, a humanidade. Primeiro escolhido foi a Segunda Guerra e o nazismo, em "Bastardos inglórios". Agora, com "Django Unchained" é a questão da escravidão de seres humanos, africanos, levados à força para as Américas. Claro que vamos sair do cinema com a alma lavada, né?

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