sexta-feira, 31 de maio de 2002

parece que me dão oxigênio de três em três meses.
esse período já foi de uma semana.
e durava uma semana o gás.

agora tenho dois dias. e estão querendo tirar esse pouquinho.

o detalhe (não sei se bom ou ruim) é que já estou me acostumando.
se querem me fritar em óleo quente. tá. não tem problema. ofereço ajuda.

os grandes e os pequenos percalços serão detalhes. curvas cada vez menos acentuadas numa reta infinita. como se fosse um balde sem fundo. há entrada. só entrada.um balde preto, me veio na cabeça agora. como minha mãe tinha, ou tem, não sei ao certo.

detalhes existirão pra florear a biografia.

e não, não me perguntem aonde quero chegar. (ou aonde a tal linha infinita chegará) a linha é que é importante (agora estou com os dedos cruzados...)
desisti, há um tempo atrás, de pensar no futuro e agora estou refazendo votos.
não quero pensar nisso. não acredito num futuro bom ou ruim. apenas no futuro.

também não cairei naquelas baboseiras de "viver o hoje". bullshit, como diria um amigo meu.

eu vou tentar. só isso.

domingo, 26 de maio de 2002

tinha escrito há três dias atrás sobre a chuva que caia ali fora. mas como o computador tem vida própria, deve ter censurado o texto pela falta de qualidade. como se tivesse lavado as mãos e quisesse dizer "não tenho nada a ver com isso".

tinha dito apenas que a chuva colaborava para me limpar.

deve ter sido essa parte. limpar e chuva junto é o maior clichê já apresentado no mundo.

tinha dito que a chuva tinha substituído a minha vontade de chorar.

chuva e choro. clichês e mais clichês...

essas coisas.

terça-feira, 21 de maio de 2002

por que está chovendo hoje?
chove hoje, em cima de mim, como uma carga pesada.
molhado.
bem molhado.
cansado.
descarregado.
inteiro.
a chuva limpou. limpou a minha alma que estava pesada.
como um choro. daqueles choros grandes de soluçar.
futuro.
futuro.

medo. tenho medo. pavor. me dá vontade de chorar. não saber o que vai acontecer é aterrorizante. a possibilidade de milhares de coisas acontecerem. e de todas as coisas que passam na minha cabeça, nenhuma é boa. até consigo imaginar em algo agradável, mas não acredito. só acredito nas piores fases da minha vida. só acredito que tudo vai piorar e eu vou ficar mais angustiado. não vejo boas coisas para mim. termino uma faculdade e não serei nada. não quero ser o que estou me formando. e não tenho capacidade para ser nada além. não tenho capacidade para ser nada, aliás. não tenho como me sustentar e não tenho como manter minhas fontes atuais de renda para sempre.

futuro?

não acredito numa viabilidade. costumo dizer que não vejo túnel, quiçá luz.


a única coisa que me dá prazer, eu sei que não encheria minha barriga por completa incapacidade minha. eu sou ruim. o resto é chatice e suicídio aos poucos.

o futuro é uma balela inventada para que alguns se segurem. como se fosse uma religião. algo para que lutar. algo por que lutar. algo em que acreditar.

eu juro que gostaria de acreditar em um futuro. ou em qualquer coisa.
mas não acredito em nada.

nada.
o futuro para mim é mais oco que o nada.

sexta-feira, 17 de maio de 2002

o que eu quero da vida eu não sei.
e me pressiono para não tentar pensar em como chegar lá.
por mais que as coisas não pareçam nítidas. ou não seja possível se ver. ou não haja coisas.
vou me prometer não ficar triste.
mas vai ser difícil.

terça-feira, 14 de maio de 2002

quantas coisas para atualizar...quantas coisas para fazer...

realmente a vida fica mais fácil com um computador em casa.

mas, não quero mais falar nisso.

hoje vi uma cena um tanto quanto interessante. um pequeno carinho na nuca. um homem, o pai, fazendo roçando cuidadosamente os dedos na nuca do seu filho sentado na cadeira de rodas. detesto melodramas, mas era a única coisa que o pai podia fazer. o filho estava entediado.

segunda-feira, 13 de maio de 2002

Talvez hoje seja um dia feliz.
depois de algumas semanas distante de teclas e telas, o pc volta para a minha casa, lugar de onde nunca deveria ter saído...

as minhas atualizações serão mais constantes a partir de agora...

e o meu humor será menos ácido...