domingo, 29 de outubro de 2006
quarta-feira, 25 de outubro de 2006
Dois filmes
"Pequena Miss Sunshine" segue o principal mandamento da cartilha dos filmes americanos ditos alternativos: foca a sua trama em conflitos de família. Isso prova algumas coisas: a) o núcleo familiar americano está se desfacelando; b) é ainda possível fazer alguma coisa boa com uma temática tão explorada.
"Pequena..." é leve, diferentemente dos seus pares - de "A lula e a baleia" a "Igby goes down". Eles (os diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris que dirigiam clipes de gente como R.E.M., Red Hot, Weezer...) forçam a caricatura - no bom sentido - dos personagens estruturais. Tipo: o pai é um professor de um curso de auto-ajuda. O filho é um adolescente estudioso de Nietzsche que faz voto de silêncio para entrar na academia de aviação. O avô é um ex-atual-hippie desbocado e junkie. O tio é gay, intelectual e que tentou o suicídio há pouco tempo. A mãe tenta juntar os retalhos dessa colcha multi-facetada. E a filhinha é a cherry on the top. Feliz, alegre, aquela que aponta o caminho de toda a história.
Com momentos impagáveis, roteiro (o primeiro de Michael Arndt) muitíssimo bem amarrado, situações hilárias, a "Pequena Miss Sunshine" reflete situações do cotidiano de qualquer um que o veja. Uma espécie de comédia da vida privada só que elevada ao cubo.
Já "Dália Negra"... Brian De Palma não é lembrado - nem será - como um diretor que inovou na arte de narrar histórias no cinema. Suas incursões mais famosas foram homenagens ao seu cineasta preferido (Hitchcock), vide "Vestida para matar" e "Dublê de corpo". Em outros momentos, ele cita cineastas clássicos, como na cena da escada de "Os intocáveis" que evoca "O encouraçado Potemkin", ou "Scarface" que é um remake.
Isso tudo para dizer que Brian De Palma é um excelente diretor. Com "Dália...", podemos comprovar isso. Todas as cenas parecem desenhadas, de tão perfeitas. Todo o clima de filmes noir foi reconstruído. Parece que assistimos a um filme de 1940. E é exatamente nisso que ele peca: parece que assistimos a um filme de 1940! O longa tem duas horas, mas pareceram umas sete para mim. Só não olhei para o relógio algumas vezes porque não tenho relógio.
Nada contra os filmes de 1940 - eu, particularmente, os adoro -, mas parece que víamos uma sucessão de imagens que estávamos acostumados desde antes de nascermos. Tudo era igual a alguma coisa que já tínhamos visto. Em uma palavra: chato.
"Pequena..." é leve, diferentemente dos seus pares - de "A lula e a baleia" a "Igby goes down". Eles (os diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris que dirigiam clipes de gente como R.E.M., Red Hot, Weezer...) forçam a caricatura - no bom sentido - dos personagens estruturais. Tipo: o pai é um professor de um curso de auto-ajuda. O filho é um adolescente estudioso de Nietzsche que faz voto de silêncio para entrar na academia de aviação. O avô é um ex-atual-hippie desbocado e junkie. O tio é gay, intelectual e que tentou o suicídio há pouco tempo. A mãe tenta juntar os retalhos dessa colcha multi-facetada. E a filhinha é a cherry on the top. Feliz, alegre, aquela que aponta o caminho de toda a história.
Com momentos impagáveis, roteiro (o primeiro de Michael Arndt) muitíssimo bem amarrado, situações hilárias, a "Pequena Miss Sunshine" reflete situações do cotidiano de qualquer um que o veja. Uma espécie de comédia da vida privada só que elevada ao cubo.
Já "Dália Negra"... Brian De Palma não é lembrado - nem será - como um diretor que inovou na arte de narrar histórias no cinema. Suas incursões mais famosas foram homenagens ao seu cineasta preferido (Hitchcock), vide "Vestida para matar" e "Dublê de corpo". Em outros momentos, ele cita cineastas clássicos, como na cena da escada de "Os intocáveis" que evoca "O encouraçado Potemkin", ou "Scarface" que é um remake.
Isso tudo para dizer que Brian De Palma é um excelente diretor. Com "Dália...", podemos comprovar isso. Todas as cenas parecem desenhadas, de tão perfeitas. Todo o clima de filmes noir foi reconstruído. Parece que assistimos a um filme de 1940. E é exatamente nisso que ele peca: parece que assistimos a um filme de 1940! O longa tem duas horas, mas pareceram umas sete para mim. Só não olhei para o relógio algumas vezes porque não tenho relógio.
Nada contra os filmes de 1940 - eu, particularmente, os adoro -, mas parece que víamos uma sucessão de imagens que estávamos acostumados desde antes de nascermos. Tudo era igual a alguma coisa que já tínhamos visto. Em uma palavra: chato.
terça-feira, 17 de outubro de 2006
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
Quarenta e nove livros vendidos depois
Foi bacana. Me diverti de uma maneira estranha: escrevendo pequeninos textos na primeira página dos 48 exemplares vendidos na hora. A primeira pessoa a comprar o "A primeira pessoa" foi uma amiga de São Paulo, pelo site. Surpreendeu-me positivamente. Não me importa a quantidade comercializada na data do lançamento, mas que todo mundo ali leia os exemplares. E, na medida do possível, comente comigo o que achou das abobrinhas impressas.
As vendas continuam pelo site e, em breve, em algumas livrarias escolhidas com cuidado - editora pequena, poucos exemplares na primeira edição...
De qualquer forma, muito obrigado a todos.
As vendas continuam pelo site e, em breve, em algumas livrarias escolhidas com cuidado - editora pequena, poucos exemplares na primeira edição...
De qualquer forma, muito obrigado a todos.
quarta-feira, 11 de outubro de 2006
Os bombeiros e o candidato
Um passarinho vermelho, cáqui e de quepe contou que um comandante dos bombeiros “sugeriu”, em reunião oficial, que os seus subalternos votassem na próxima eleição no candidato que continuaria as políticas de segurança iniciadas no atual governo estadual. Tudo muito velado porque, sabe como é, o voto continua secreto e qualquer suspeita de uso da máquina pública para favorecer um ou outra candidata seria crime eleitoral.
Além desse – chamemos assim – pedido, houve também um convite. Os bombeiros devem / tem que comparecer no próximo dia 18 de setembro na casa de shows Olimpo, em Olaria, a um encontro amigável, nada a ver com política, com o candidato em questão. Segundo o tal comandante, o dito-cujo-candidato foi privilegiado com o evento apenas porque pediu. Se a outra candidata também tivesse feito o mesmo pedido, eles também aceitariam... Tá bom, então.
Além desse – chamemos assim – pedido, houve também um convite. Os bombeiros devem / tem que comparecer no próximo dia 18 de setembro na casa de shows Olimpo, em Olaria, a um encontro amigável, nada a ver com política, com o candidato em questão. Segundo o tal comandante, o dito-cujo-candidato foi privilegiado com o evento apenas porque pediu. Se a outra candidata também tivesse feito o mesmo pedido, eles também aceitariam... Tá bom, então.
sábado, 7 de outubro de 2006
Ainda o lançamento...
Como terça-feira ainda não chegou, coloco que saíram, humildemente, duas notinhas nos respectivos cadernos literários do JB e d'O Globo. (O JB precisa fazer um megacadastro e eu estou com preguiça. Estou trabalhando desde às 7h, me perdoem. Mas a nota é, impressionantemente, igual.)
Pausa para dizer que o Arquivo N é sobre Borges. Fim da pausa.
Pausa para dizer que o Arquivo N é sobre Borges. Fim da pausa.
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