Uma das coisas que mais peço aos deuses é nunca perder o senso do ridículo. Isso não quer dizer não fazer coisas ridículas - todos nós fazemos algo ridículo mais dia ou menos dia. E é ótimo. Tipo, escrever nesse espaço: há coisa mais ridícula que deixar meus pensamentos aqui, neste blog, cuja proposta e nome são ridículos, expor ideias que não interessam a provavelmente ninguém além de mim mesmo, e saber que estou falando no vazio? Além disso, é também um pouco, para ser sutil, ridículo fazer parte desse grupo de pessoas [provavelmente a maioria] que produz mais conteúdo do que consome [essa equação imatemática não é assim fácil de fazer, claro].
No entanto essa "ridicularidade" me permite expor ideias para mim mesmo, ao menos. Pensar melhor, refletir com o papel virtual, colocar à minha frente e repaginar os argumentos. E até o ato de publicar pode ser desculpável, já que pode interessar a um perdido, alguém que está entediado, que não tem nada melhor a fazer. Mas que é ridículo ter essas aspirações, ah, isso é.
É esse "ridículo", exatamente, que nos torna menos gélidos, menos preocupados com o que os outros estão pensando e falando sobre a gente. É nesse momento "ridículo" que tentamos encontrar o que realmente gostamos, agindo de maneira meio estabalhoada, cometendo deslizes sociais, gafes, situações de risco. É com esses "ridículos" momentos que, quem tem melhor humor, ri no dia seguinte das histórias contadas, que faz nos diverte.
É isso. Ter o senso do ridículo é saber rir de si mesmo, saber não se levar tão a sério, ter a certeza de o que você faz - mesmo que você seja um neurocirurgião pediátrico, um arquiteto renomado internacionalmente, um político respeitado - será esquecido por todas as gerações seguintes.
Saber que o mundo não acaba no seu umbigo e que existe muito mais vida lá fora. Saber que não há diferenças primordiais entre as pessoas e que a sua opinião tem o mesmo valor do que a do mais imbecil e agressivo dos comentaristas de internet. Você pode se diferenciar, apenas, talvez, ao aceitar o ridículo de uma discussão, da tentativa de convencer o outro a fazer qualquer coisa. Esses são, para mim, os sentidos do ridículo.
No entanto essa "ridicularidade" me permite expor ideias para mim mesmo, ao menos. Pensar melhor, refletir com o papel virtual, colocar à minha frente e repaginar os argumentos. E até o ato de publicar pode ser desculpável, já que pode interessar a um perdido, alguém que está entediado, que não tem nada melhor a fazer. Mas que é ridículo ter essas aspirações, ah, isso é.
É esse "ridículo", exatamente, que nos torna menos gélidos, menos preocupados com o que os outros estão pensando e falando sobre a gente. É nesse momento "ridículo" que tentamos encontrar o que realmente gostamos, agindo de maneira meio estabalhoada, cometendo deslizes sociais, gafes, situações de risco. É com esses "ridículos" momentos que, quem tem melhor humor, ri no dia seguinte das histórias contadas, que faz nos diverte.
É isso. Ter o senso do ridículo é saber rir de si mesmo, saber não se levar tão a sério, ter a certeza de o que você faz - mesmo que você seja um neurocirurgião pediátrico, um arquiteto renomado internacionalmente, um político respeitado - será esquecido por todas as gerações seguintes.
Saber que o mundo não acaba no seu umbigo e que existe muito mais vida lá fora. Saber que não há diferenças primordiais entre as pessoas e que a sua opinião tem o mesmo valor do que a do mais imbecil e agressivo dos comentaristas de internet. Você pode se diferenciar, apenas, talvez, ao aceitar o ridículo de uma discussão, da tentativa de convencer o outro a fazer qualquer coisa. Esses são, para mim, os sentidos do ridículo.
Um comentário:
Gostei da sua colocação sobre o senso de ridículo! Hoje em dia as pessoas são se cobrando demais
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