A cena não podia ser mais chique. Em 2010, lorde Lea de Crondall tomava chá com a baronesa Park de Monmouth e comentou um trecho de um livro que discutia o envolvimento do serviço secreto britânico no assassinato do primeiro-ministro congolês Patrice Lumumba, em 1961. O mistério completaria meio século. Lumumba tinha 35 anos e parecia um Fidel Castro (versão 1.0) africano. Vencera uma eleição e mal completara três meses como primeiro-ministro quando foi deposto e preso. Fugiu e foi capturado.Elio Gaspari, em texto incrível, mostrando que houve espiões [como se verá no restante da sua coluna] e como as potências mundiais amarraram o pé dos países mais pobres.
Seu assassinato foi um crime que superou, de longe, a execução de Che Guevara. Primeiro, porque estava no seu país. Ademais, porque foi filmado apanhando, até mesmo quando soldados tentavam fazê-lo comer um documento que assinara.
A imagem de sua altaneira resignação, com as mãos amarradas, está no Youtube. Tropas da ONU que policiavam o Congo poderiam tê-lo libertado. Lumumba foi martirizado durante duas semanas. Apanhou de soldados, generais e até mesmo do presidente de uma província rebelada. Finalmente, no dia 17 de janeiro de 1961, militares congoleses e mercenários europeus encostaram-no numa árvore e fuzilaram-no.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Espionagem na vida real
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