Dorrit Harrazim escreveu boa parte do que eu penso sobre o Michael Phelps n'O Globo - link indisponível depois da reformulação. Ela só teve a desvantagem de escrever quando o garoto tinha "só" seis ouro. Agora, ele já tem o sétimo. Com direito a seis recordes mundiais - se não me falha a memória, que normalmente falha. Só não conseguiu a oitava medalha porque, na eliminatória do 4x100 medley, o vice e recordista mundial dos 100m borboleta, Ian Crocker, queimou.
Fica a pergunta: teria sido uma espécie de vingança de Crocker contra Phelps, porque o melhor-de-todos-os-tempos havia vencido a prova dele? Ele perderia uma medalha de ouro, mas Phelps não bateria o recorde de sete ouros em uma mesma grande competição, como Olimpíada e/ou Mundial, feito só alcançado pelo Spitz em 1972 (com direito aos sete recordes mundiais, se não me falha... você sabe.)
Deixando a teoria da conspiração de lado, Harrazim argumenta brilhantemente, como sempre, que Phelps não precisava de números para ser considerado o melhor de todos os tempos. Não foram os números que fizeram Michael Jordan ser o melhor no basquete - apesar de ter colaborado bastante.
Phelps seria o melhor porque, escreve Harrazim, teria o melhor estilo em todos os estilos. Seria o nadador polivalente, numa época de especialistas. O nadador de medley por excelência, o sujeito que é tão bom em tudo, que quebra a máxima de não ser o melhor em nada. Phelps, parafraseando Romário, o melhor-de-todos-os-tempos na grande área, é o cara.
Felizmente ele não nada os 100m livre, o que mantem a esperança para o César Cielo Filho, vulgo cabelos louros. Já Thiago Pereira... Bem... Podemos nos contentar com, considerando a evolução do garoto, a medalha de prata.
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