Esse ano, além de terem brifado erradamente o Antônio e os Joões, que se apresentou num formato "piano show" para uma platéia em pé, ávida por fortes emoções, o show do moço também demorou os cronometrados 40 minutos. Nada de bis, nada de exceção, porque ele ainda ia cantar no outro palco, das Divas.
Mas o pior caso foi o de Björk. Coitada, com quase 20 anos de estrada, teve que se contentar em abrir para os garotos de quase 20 anos do Arctic Monkeys. Com essa idéia de colocar várias atrações em poucos palcos, ela tocou no mesmo espaço físico que os inglesinhos tocariam em seguida. A platéia até mudou - saíram os übermoderns e entraram os teens cool - mas a islandesa, que não cantou nada em islandês, não pôde nem dividir o espaço com o Antônio, do grupo citado ali em cima. O bis foi uma única música. Contentemos-nos e fiquemos contentes.
Apesar dos pesares, a semi-esquimó fez o mais produzido show que presenciei em toda a minha vida. Na segunda música já tinha colocado a platéia completamente no bolso e a partir daí, todas as suas intervenções cênicas - tipo serpentinas, raios laser, as encenações teatrais do coro, etc. - eram deleitadas pelo povão. Os exageros de Björk são legais, vai. Pena que foi curto, tipo uma hora.
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Outra SUPERbola-fora foi o calor de sauna a vapor das tendas. Será que tentaram compensar os anos anteriores em que era gelado como a, ãh, Islândia?_*_
O trocadilho (infame) do título é em homenagem ao outro Tim, Sebastião Maia.
O trocadilho (infame) do título é em homenagem ao outro Tim, Sebastião Maia.