quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O fim da modernidade

"Já em 1923, o russo Viktor Chklovsky confessava o desejo de escrever à amada como se nunca houvesse existido literatura. É que a ironia devorava as palavras tornando-se a forma mais fácil de superar a dificuldade de se descrever as coisas: as palavras estavam pálidas de exaustão. Uma das consequências da literatura pós-moderna foi ter tornado a ironia seu próprio carrasco. Se esta possui uma face boa como instrumento pedagógico ao despertar propósitos intelectivos, por outro lado, se utilizada para simplesmente ridicularizar, revela nesse mau comportamento o afeto vulgar do sujeito que dela faz uso e “por fim nos tornamos iguais a um cão mordaz que aprendeu a rir, além de morder”, completaria o filósofo de Humano, Demasiado Humano (1886)."

Daqui.

Vejam Cormac McCarthy, que por anos parecia ser o mais velho modernista vivo em cativeiro, mas que inaugurou sua fase madura com um romance sobre um serial killer e o seguiu com uma obra de ficção científica apocalíptica. Vejam Thomas Pynchon – em “Inherent vice”, ele trocou suas pesadas acrobacias verbais de sempre pela estrutura mais manejável de um romance de detetive
hard boiled.

Lev Grossman, crítico literário da revista “Time”, no blog do Sérgio Rodrigues.

"Minha vida nos palcos acabou. Acabou porque eu determinei que os tempos de hoje não refletem teatro e vice-versa. Também não estou a fim de criar o iTheatro, assim como o iPhone ou o iPod. A miniatura e o “self satistaction” cabem muito bem na decadência criativa de hoje."

Gerald Thomas em seu blog.

Para ser desenvolvido adiante.

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