terça-feira, 26 de julho de 2022

A orelha de "Maquinação"

A publicação de um livro nunca é uma linha reta em que a cada dia você necessariamente chega mais perto do objetivo. Ou não foi esse o caso de "Maquinação". Há sempre uma série de dúvidas, de "e se...?", de "não vai rolar" - e os cinco anos entre o primeiro ponto final e sua publicação demonstram isso. Mas há também confirmações e, em raros momentos, certezas incentivadas por olhares mais experientes que aceitam participar do projeto por pura camaradagem. Foi o caso do Bráulio Tavares, grande ícone de tantos campos (música, poesia, teatro, repente... um polímata clássico) mas principalmente um grande farol dentro da literatura e, em especial, dessa literatura fantástica com toques de ficção científica a qual "Maquinação" paga tantos tributos. Para vocês terem a noção do tamanho dele: sabe aquela velha coleção da Brasiliense em que se tentava responder "O que é x, y, z?"? Pois bem, Bráulio foi o responsável pelo tema ficção científica (terceira imagem do carrossel). Uma referência e há muito tempo. Isso sem contar seus livros "Mundo fantasmo" e "A espinha dorsal da memória", já clássicos nacionais do gênero, e suas coletâneas, e suas crônicas, suas aulas...

Trecho inicial da orelha


Por isso que foi mais que uma honra poder contar com a orelha desse artista, desse homem das letras, foi um dos momentos em que eu pensei: vai dar certo. 




Nenhum comentário: