Não é possível viver sem ter contato com informações. Claro que "resumo" aos meios urbanos, onde a quantidade de publicidade, jornais, TVs, sites, rádios, cartas, e-mails e um infinito etc. é algo extremamente banalizado. As próprias piadas são referenciais. Os apelidos lembram algo da - outrora chamada - indústria cultural. E claro que isso é uma obviedade.
Nunca foi possível escrever algo impunemente. Sempre houve algo anterior, que remetia a essa mesma idéia. Não existe, portanto, a novidade. Mas, sem ter necessariamente contato com a idéia anterior, o artista criava impunemente, inocentemente.
Hoje, não há mais inocência. Não tem como produzir algo sem passar pela prova do "já vi/li". Somos produtos de uma era em que, mais que tudo já tenha sido contado, todos já sabem que tudo foi contado. Nada é novidade para ninguém. Nos repetimos, como sempre fizemos, mas, então, ninguém pode dizer que não conhece.
Daí nasce a metalinguagem, como algo intrínseco ao nosso tempo. Descontrução do estabelecido para montar em termos completamente diferentes. Um chute: normalmente acontece em eras saturadas - lembrai do Quixote e da sua paródia de romances de cavalaria. Estamos NA era da saturação. Tudo perde a validade muito rapidamente.
Deve-se ficar preso nessa teia ou lutar por algo novo, como por uma utopia? Como enfrentar o desestímulo?
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