Robson diz que brasileiro não gosta de esporte, quando muito, vê futebol e gosta mesmo é de ganhar. Creio que generalizações são complicadas de comprovar, mas, de qualquer maneira, dá para pensar em algo parecido no meio dessa olimpíada. É comum ouvir as pessoas reclamarem que estamos abaixo de países com pouca ou nenhuma tradição esportiva no quadro de medalhas. Como se isso fosse realmente importante.
Olimpíadas não valem para ver o seu país ganhar uma partida de futebol. Elas existem para mostrar o que de mais impressionante o gênero humano produziu até aquele momento, em todas as suas modalidades. Descobrir o mais rápido, o mais forte e o que salta mais longe - como defende o lema. É ver um jogo de pingue-pongue entre um norte-coreano e um chinês e achar ótimo. É ver hóquei sobre a grama de holandesas e argentinas. É conferir equitação, tiro com arco, pólo aquático. É apreciar a superação, os suores, as lágrimas, as compensações, as frustrações, as alegrias e tristezas, as belezas e as feiúras, o que há de melhor e o que há de pior na raça humana.
Mesmo que o lema do barão tenha sido deixado para trás há cem anos e que o amadorismo seja apenas uma lembrança ingênua, o prazer de uma Olimpíada vale o dobro - no mínimo - de uma copa do mundo. Só para ficar no exemplo mais boboca.
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