"Não vou tirar o crédito do [diretor José] Padilha. [O bordão] Cresce da curiosidade. Você está lá e o Padilha pergunta o que você acha que é o mais legal para ser dito nesse momento para construir esse diálogo? Mostra aí para mim: ficou muito bom. Por exemplo, naquela cena do ‘Tropa de elite 1’: ‘essa pica não é minha, essa pica é do aspira’, o ‘pica’ é do Padilha. Eu falava ‘essa merda não é minha...”. Ele falou: ‘põe a pica’. Falei: ‘legal’. No final de tudo, pensei que, já que estou tocando a ‘pica’, após isso, eu vou atender o celular e falar: ‘fala, meu amor’, viro as costas e vou embora. Ele disse: ‘do caralho’."
Do ator Milhem Cortaz que, junto com o roteirista Bráulio Mantovani, contou
como nascem os bordões de "Tropa de elite".
Outra fala dele, fora do contexto, mas ainda assim muito boa é:
Ator é muito cafona, né. A gente tem ideias e o diretor está lá para equalizar essas ideias cafonas que a gente tem. Para mim, o grande diretor é aquele que deixa, durante os ensaios, jogar para fora todas as suas cafonices. E você perder a vontade de usá-las.
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