terça-feira, 1 de agosto de 2006

Sonho (dormindo) II

Começa num campeonato brasileiro de natação juvenil. Eu sempre sou juvenil nos meus sonhos de natação. Compeço nos 200 m borboleta, prova que nunca fui especialista, mas que queria, um dia, nadar bem.

Caio na piscina e parece que não há nenhuma diferença de quando eu nadava diariamente, há 10 anos. Incrível porque é como se soubesse que não estou na água, não fico cansado, mas estou inexplicavelmente ligado àquele que arremessa os braços à frente e os puxa por baixo d'água a ambos, em uníssono.

A prova é razoavelmente longa. Não sei o tempo que faço, mas venço. Corta.

Estamos em uma outra piscina. Parece que acompanho através de uma espécie de transmissão pela TV. A câmera - ou whatever - focaliza apenas a raia quatro. Sei, incompreensivelmente, que é uma prova de 400 m borboleta, embora não haja igual oficialmente. Era esse o gancho para a tal transmissão. Sei também que vou nadar. Fui convidado porque havia ganho o campeonato da minha categoria para os 200 m. Quero conscientemente estar na raia seis, mas estranhamente fico na oito, a pior de todas. Talvez o meu inconsciente quisesse apenas dar mais "realismo" à cena. Outra curiosidade é que não me reconheço entre os competidores. A "câmera" focaliza apenas o raia quatro e um sujeito à direita (esquerda do competidor, ou seja, nas raias cinco, seis, sete ou oito) bem gordinho. Começa a prova.

Não estou mais na arquibancada, nem vendo através de uma TV. Estou na água. Novamente não faço exatamente força, mas me sinto nadando, como era na minha época. Meu estilo, inclusive, parece o mesmo só com uma diferença: respiro muito mais que o meu normal e para o lado - todas as vezes que tento para a frente, me sinto cansado.

Nos primeiros 100 m, eu e o raia quatro nos distanciamos do restante dos competidores. Eu estou um pouco à frente dele. Nos 200 m, nos isolamos na liderança: continuo em primeiro. Na virada, erro o impulso na parede e ele me passa. Percebo que a minha braçada está lenta. Quando entro com a mão na frente, dou um pequena parada que me custa na agilidade. Resolvo, durante a prova, aumentar a velocidade, mesmo que me custe mais energia.

Viramos os 300 m juntos. Não é possível saber quem vai ganhar. 350 m: estou um pouco à frente, mas não posso diminuir o ritmo senão ele passa. Os outros competidores não ameaçam mais. Estão quase 20 metros atrás. Nos últimos 25 m, tento ainda um sprint e páro de respirar. Ganho a prova e acordo. Completamente suado.

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