domingo, 17 de novembro de 2002

CURRICULUM VITAE

Dados Pessoais;

Nasci no dia 29 de abril de 1981 e isso é uma das coisas que mais me orgulho, mesmo não tendo nenhuma razão especial para isso. Talvez porque era o aniversário de 42 anos do meu pai. Minha mãe costumava dizer que nunca tinha dado um presente tal diferenciado para ele.

Hoje divido uma casa numa vila em Botafogo com dois amigos da faculdade, na São Clemente 64, casa 2 apto. 102. Sai de casa com a total aprovação e ajuda da minha família em meados de 2001. Queria experimentar um pouco melhor o peso da independência e ficar mais próximo de toda a minha vida social e profissional, pois morava com a minha mãe em Nova Iguaçu.

Respondo pelos seguintes canais de comunicação: e-mail ronaldopelli@hotmail.com, o qual acesso com bastante freqüência, e pelo telefone 2527-6054. Não possuo, nem tenho previsão de possuir, telefone celular. Nada contra, apenas não é uma das minhas prioridades.


Até hoje;

Como todo adolescente de classe média que fez curso de inglês, que viajou uma vez para Disney, que nunca tinha trabalhado, sem ser com pessoas da família, que tinha duas irmãs bem mais velhas e que faz vestibular, tinha milhares de dúvidas sobre a carreira e só consegui optar por uma, com bastante lucidez, no terceiro ano do segundo grau. Escolhi a comunicação social, na área voltada para o mercado. Ou seja, queria saber de todas as formas como é que aqueles publicitários, marqueteiros e afins faziam para vender produtos tão invendáveis como todos aqueles do 011-1406. (depois percebi que não era assim tão simples...)

Optei pelo curso de publicidade e propaganda para a UFF e UFRJ, e como não havia o mesmo curso na UERJ, escolhi o mais semelhante, relações públicas, mesmo com pouquíssimos conhecimentos sobre o que era isso. A minha primeira opção foi pela UFRJ, mas não consegui passar. Passei para as outras duas e comecei a cursar a UERJ, pois as aulas começaram primeiro.

Em pouco tempo, havia feito amizades altamente construtivas, que mantenho até hoje, e percebi, na época, que o que desejava desde o vestibular era muito parecido com o trabalho de RP. Para incrementar o caldo, consegui um estágio, parcamente remunerado, com menos de dois meses de aula. Por isso, e mais pela proximidade da minha casa, desisti, antes mesmo de começar as aulas na UFF.

Esse estágio era dentro do Laboratório de Pesquisa de Opinião da UERJ (LPO). Trabalhei lá dentro em todas as funções que pude exercer: elaboração, entrevista pessoal através de questionário, tabulação eletrônica, análise quantitativa de dados, preparo de relatório para clientes, atendimento e na organização do evento que me proporcionou o meu segundo estágio, o Encontro de Pesquisa, em novembro de 99.

Foi chamado para esse encontro, uma executiva de atendimento da ACNielsen, a maior empresa do mundo de pesquisa de mercado, como eles costumam dizer. Eu fui o encarregado de recebe-la e resolver qualquer imprevisto e problema que ela tivesse. Ela me contou que havia uma vaga no setor que trabalhava e eu me candidatei.

Trabalhei na ACNielsen de Novembro de 99 até Agosto de 00, no setor de atendimento a empresas varejistas. O meu trabalho era preparar relatórios, analisar, promover estratégias e estudos de mercado para clientes como Sendas, Bompreço, ABC, etc. Sai de lá porque percebi, pela primeira vez que não poderia trabalhar como executivo em nenhum lugar.

Fiquei uns dois meses sem estágio até que, por coincidências que acontecem com todo mundo, arranjei um estágio para mim num site chamado Maisde50 (deve ainda estar no ar www.maisde50.com.br) em outubro de 2000. Foi um período bem divertido e produtivo, nem tanto por causa do trabalho, que consistia em analisar o fluxo de pessoa dentro do site, estudo de público e gerenciamento de banners, mas por causa da equipe do site que era formada basicamente por jornalistas, designers e webmaster.

Nessa época, me juntei com uns amigos do site mesmo, e fundamos uma pequena publicação on-line que tinha o intuito de desaguar toda a nossa produção (pseudo) literária. Ficamos mais de um ano com compromisso para o Chinewski (também ainda deve haver algo no www.chinewski.com). Depois de um tempo, todos tivemos caminhos diversos, e o e-zine, como o apelidamos por influência de outras publicações parecidas da rede, morreu.

Em Julho de 2001, ainda no site que trabalhava, recebi uma proposta de um amigo para estagiar nas Ceras Johnson, no departamento de Marketing. Como o Maisde50 não ia bem das pernas e como eu ia ganhar um pouquinho mais, tentei pela segunda vez ser um “executivo”. Foi nessa época, animado pelo aumento de ordenado, que fui morar sozinho. No primeiro momento, uma amiga da minha mãe tinha um apartamento vazio no Flamengo que ela alugaria para mim e só para mim. Aceitei.

Dentro da Johnson, fiquei com as marcas Raid e Off! e administrava o negócio, como se fosse meu, como insistia o presidente da companhia. Fazia análises de volumes, era o responsável por relatórios internacionais de acompanhamento da categoria, participava de programas de desenvolvimentos de novos produtos, de projetos de inovação, de pesquisas qualitativas e quantitativas, acompanhava a produção e veiculação de publicidade, de desenvolvimento de embalagem, de material de ponto-de-venda, fazia análise de estudos regulares da ACNielsen, do IBOPE e da Indicator, e ainda outras atividades ligadas ao MKT. Depois de quase nove meses, em fins de Março de 2002, percebi realmente que a minha vida não poderia ser vinculada ao Marketing e ao mercado. Percebi que fazia a faculdade errada e tinha que mudar isso rapidamente.

Por outra coincidência, uma amiga minha estava, nesse mesmo período, saindo do estágio que ela fazia na Justiça Federal. Eu ganharia menos da metade do que na Johnson, mas só em ficar longe do mercado e sua necessidade absurda de lucros, não importa o que nem a quem, valeria a pena. Nessa época, também, me mudei para a casa de uns amigos, o que diminuiu as minhas despesas em certo ponto. O trabalho na Justiça é basicamente o de uma assessoria de comunicação, com resenhas diárias, em papel e on-line, assessoria de imprensa, promoção de eventos e etc. Nada que eu goste, mas nada que me desagrade muito.

Junto a isso, me apareceu uma oficina de super8, no Ateliê da Imagem, na Urca que consistia em troca de informações sobre o super8 e produção em película. Eu, que nunca tinha tido contato direto com cinema, me interessei e fiz a oficina. Filmamos um proto-roteiro meu e eu soube, pela primeira vez e única vez até agora, o que era um set de filmagens. O nome do filme é “Gregório Samuel”, e é baseado bem de longe no conto do Kafka chamado “Metamorfose”.


De hoje em diante;

Até hoje estou na Justiça Federal e continuo lendo sobre cinema e livros de literatura em geral. Se me perguntassem, hoje, em novembro de 2002, o que eu quero ser daqui para frente, não saberia responder com muita precisão. Mas, com certeza, não seria nada ligado ao mercado, e algo que me agradasse, como o cinema ou a literatura. Ou os dois juntos sei lá.





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