quarta-feira, 26 de abril de 2006

Não sou a favor, mas não há como conter o avanço do internetiquês.


"TC

Às vezes, o etimologista doido assume as rédeas. Sendo doido, acredita que o verbo adolescente-internético TC – ou tc, abreviação de “teclar” – tem alguma coisa a ver com o vernacular e nobre “tecer”, entrelaçar fios para formar tecidos. Hein? É que, nos momentos em que é mais etimologista do que doido, o etimologista doido sabe que “tecer” e “texto” têm o mesmo ancestral, o latim texere. Pois então: se o texto é um tecido, uma tessitura (e é mesmo), o TC que muita gente considera bárbaro, inculto e até ameaçador à ordem lingüística constituída ganha uma beleza clássica que deixa o etimologista doido com lágrimas nos olhos. O médico mandou não contrariá-lo."

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