Nunca fui um fã de Antonioni. Havia visto três filmes e um terço. Gostava de dois: "Blow up", o primeiro a que assisti, por causa simplesmente da inspiração em um conto de Cortázar, e "Profissão repórter", com Jack Nicholson e aquele travelling famoso. Desisti dele com o terceiro, "Deserto vermelho". Vi "Eros", em que seu terço é totalmente esquecível - pelo menos para mim.
A coincidência incrível da morte de Antonioni um dia após Bergman, além do fato óbvio, é por ambos serem considerados cineastas da "incomunicabilidade", termo em moda até a década de 1970 e que quer dizer muitas coisas e nada, ao mesmo tempo.
As semelhanças entre o italiano e o sueco eram quase nenhuma - para exagerar para cima. Mas fico impressionado com tanta gente boa que citava Michelangelo como um de seus cineastas de cabeceira. Gente como Walter Salles e Ricardo Calil. Acho que vou dar outra chance a ele.
Um comentário:
tente L'Aventura.
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