Mais uma falsa autobiografia foi revelada. "Love and consequences", que narraria a vida de Margaret B. Jones, é apenas uma obra de ficção. Como biografia, foi elogiada - reparem na contradição.
A questão acontece depois de "Misha: A memoire of the holocaust years", de Misha Defonseca, e "A million little pieces", de James Frey, que também deveriam ser relatos "verídicos" e se descobriram farsas - sublinho as acepções da palavra. Ou seja, há uma interação com o leitor. É quase uma instalação. Isso sem falar no J.T. LeRoy.
Tudo bem, hoje em dia eu até já admito que há mais interesse em obras que seriam espelhadas na realidade (seja lá o que isso quer dizer), ou em outros termos, ""biográficas"". E também é claro que eu entendo por que as pessoas ficam irritadas ao descobrirem o, digamos, engano.
Mas sugiro que essas pessoas, esses autores enganosos, estão fazendo o que todo escritor faz: mentir. E estão fazendo muito bem - pelo menos por um tempo.
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