Os EUA estão em lua de mel com o mundo. Primeiro é a campanha presidencial que está levando os terráqueos a prestar a atenção, ainda mais que nos anos anteriores, em um negro filho de nigeriano cujo sobrenome é Hussein e que estudou numa escola muçulmana na Indonésia. Agora foi essa cerimônia do Oscar - que eu não vi em protesto contra a Globo que a transmitiu pela metade - que premiou todos os meus preferidos - com a exceção da Cate Blanchett.
Talvez tenha uma ligação entre o cinema e a situação política americana. Os filmes - e a sua receptividade por parte da tradicional academia - seria o medidor (me recuso a usar a expressão batida "termômetro") de como anda a percepção geral sobre o país e o mundo. Um exemplo do "liberalismo" deste ano são os vencedores de ator / atriz / e coadjuvantes. Nenhum é americano, sendo que dois não são nem anglófilos e uma interpretou um papel falando em francês. O clima anda multicultural.
Entretanto, os meus preferidos são:
Diablo Cody, roteirista de "Juno". Assim como Obama, ela foge do estereótipo de sua categoria. Tudo bem que os roteiristas são os mais loucos entre os loucos, vide a indicação do irmão gêmeo inexistente de Charlie Kaufman, por "Adaptação". Mas ela está um passo além.
O meu segundo favorito é:
"Once" é um filme pequeno até para os padrões de pequeno. Pequeno é "Juno", aí de cima, o longa irlandês, sobrinho do "The Commitments" é minúsculo. Filmado entre amigos, em três semanas, com uma grana ínfima... e é bom. Divertido, interessante e as músicas são ótimas. Assisti-lo só uma vez é impossível.
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