quarta-feira, 24 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Medo
Recebemos dois amigos ingleses neste fim de semana. Por coincidência - ou não - vimos dois filmes brasileiros: "Tropa de elite" e "Cidade dos homens". Ambos com muitos tiros, violência e gente pobre morrendo. Eles gostaram dos filmes.
No domingo, de manhã, tentamos explicar como está na nossa eleição e o poder que a Universal e o Crivella exercem sobre grande parte da população. Eles ficaram com muito medo.
No domingo, de manhã, tentamos explicar como está na nossa eleição e o poder que a Universal e o Crivella exercem sobre grande parte da população. Eles ficaram com muito medo.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
domingo, 7 de setembro de 2008
Fugaz
Na Rua Jardim Botânico, havia uma loja de roupas cujo muro era ilustrado por duas pinturas de mulheres. A primeira tinha os cabelos esvoaçantes e a segunda usava um vestido que imitava tijolos. Ambas tinham traços que me encantavam pela simplicidade e delicadeza, além de serem sensuais. Aproveitavam bem o espaço urbano, tinham uma ginga, eram melífluas, sedutoras, calmas e tranqüilas.
Foram cobertas, esta semana, por uma camada de tinta branca, que logo recebeu desenhos de uns bichinhos. A loja de roupas se transformou em uma veterinária. Ou em uma pet shop, como se diz em português. Ainda não consegui reparar nos novos habitantes do muro, mas admito que, mesmo que gostasse bastante das antigas imagens, não fiquei triste com a mudança.
A arte das ruas é a maior representante do nosso tempo histórico. E a sua fugacidade só mostra como vivemos no hoje-em-dia. Somente lembramos de alguns detalhes do todo. Somos especialistas em nada. Ou melhor, em generalizações. Acumulamos informações inócuas, umas sobre as outras, como delle lasagne, e sentimos o gosto só do molho. A massa fica escondida.
Já vou esquecendo os traços de uma das mulheres do muro.
ps. Achei o rapaz.
E tenho que fazer uma correção: a loja sempre foi - ou já era há muito tempo - uma loja para bichos. Como se vê aqui.
Foram cobertas, esta semana, por uma camada de tinta branca, que logo recebeu desenhos de uns bichinhos. A loja de roupas se transformou em uma veterinária. Ou em uma pet shop, como se diz em português. Ainda não consegui reparar nos novos habitantes do muro, mas admito que, mesmo que gostasse bastante das antigas imagens, não fiquei triste com a mudança.
A arte das ruas é a maior representante do nosso tempo histórico. E a sua fugacidade só mostra como vivemos no hoje-em-dia. Somente lembramos de alguns detalhes do todo. Somos especialistas em nada. Ou melhor, em generalizações. Acumulamos informações inócuas, umas sobre as outras, como delle lasagne, e sentimos o gosto só do molho. A massa fica escondida.
Já vou esquecendo os traços de uma das mulheres do muro.
ps. Achei o rapaz.
E tenho que fazer uma correção: a loja sempre foi - ou já era há muito tempo - uma loja para bichos. Como se vê aqui.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
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