"Você sai pra dançar?
Dentro de mim, lógico.
E fora?
Não. Mas às vezes é legal. "
Ou ainda:
"Acho que o mundo é completamente talvez"
Mais aqui.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Cheio de bateria
Uma conclusão curiosa a que se chega quando se procura instrumentos musicais em sites como mercado livre e balcão: a grande maioria dos vendedores - portanto, uma amostragem confiável dos músicos - fica na Zona Norte, subúrbio e Baixada. A Zona Sul, a considerada mais rica, quase não tem bateristas.
Isso me levantou uma sobrancelha. O que quer dizer: que a Zona Sul não toca música? Não creio. Que a ZS, expoente das novidades, acha a música analógica como do passado? Hum... Duvido. Acredito numa questão mais simplória: a ZS tem mais prédios - portanto não podem suportar som alto.
Acrescentam argumentos à minha tese o fato de eu ter só procurado bateristas, portanto os que mais fazem barulho. Mas posso estar completamente errado e isso ter sido só coincidência momentânea de fatores externos e diversos.
Isso me levantou uma sobrancelha. O que quer dizer: que a Zona Sul não toca música? Não creio. Que a ZS, expoente das novidades, acha a música analógica como do passado? Hum... Duvido. Acredito numa questão mais simplória: a ZS tem mais prédios - portanto não podem suportar som alto.
Acrescentam argumentos à minha tese o fato de eu ter só procurado bateristas, portanto os que mais fazem barulho. Mas posso estar completamente errado e isso ter sido só coincidência momentânea de fatores externos e diversos.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Ancora gli italiani
O ócio me faz pesquisar coisas inúteis, como é perceptível nesta página. Descobri, por isso, a cidade de onde vêm os meus antepassados: Montalto Uffugo, que fica na Calábria. Ou seja, temos a máfia com o nome mais legal: 'Ndrangheta.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Mamma mia
Em "Concorrência desleal", Ettore Scola faz uma piada sobre o modo como os italianos emigraram para outros países. Diz que há mais italianos fora da bota que dentro. Não tenho estatísticas, mas só nos EUA são 20 milhões de descendentes, segundo "Os Sopranos".
A série americana que coloca a máfia no divã, de maneira dramática, tenta fazer um inventário desse personagem imortalizado por, além dos poderosos chefões e dos bons companheiros, pizza e... o que mais? O que é ser italiano hoje em dia? Vale a pena, aliás, ser considerado italiano, ainda hoje, após quase cem anos de imigração?
Entretanto, um dos detalhes da série é mostrar como os ítalo-americanos, para usar uma expressão politicamente correta, são mal vistos, de maneira em geral, pelos norte-americanos - seja lá quem essa minoria represente hoje. Não pertencendo à WASP como a conhecemos, o grupo entra no caldeirão dos excluídos. Durante toda a temporada, eles brincam que nunca haverá um presidente italiano nos EUA. O posto acabou com outra minoria - mas esse é um papo para outro pôr-do-sol.
Por outro lado, o nosso lado, os italianos são extremamente bem-vistos, como os europeus que vieram nos salvar e gentilmente deixaram os seus genes. É incrível a quantidade de sobrenomes com letras duplicadas entre os de classe-média.
De certa forma, para os americanos do norte, isso já é uma forma de identificar os italianos. Basta que o seu sobrenome termine em uma vogal - diz Tony Soprano, o cappo que também chora. Aqui, nem isso.
Aqui, num país que era separado entre casas-grande e senzalas, os italianos vieram para ser a classe-média. Lá, eles formaram o povo americano, ou seja aquela grande classe-média, em que todos tentam se diferenciar uns dos outros vestindo meias de cores diferentes compradas na mesma loja.
Por isso, é importante, para eles, tentarem identificar do que são feitos. Para nós, o melhor é esquecer a pronúncia correta dos nossos nomes. Antes de sermos italianos, ainda temos que aprender a ser brasileiros. Ou, sendo mais radical, esquecermos qualquer limite geográfico.
A série americana que coloca a máfia no divã, de maneira dramática, tenta fazer um inventário desse personagem imortalizado por, além dos poderosos chefões e dos bons companheiros, pizza e... o que mais? O que é ser italiano hoje em dia? Vale a pena, aliás, ser considerado italiano, ainda hoje, após quase cem anos de imigração?
Entretanto, um dos detalhes da série é mostrar como os ítalo-americanos, para usar uma expressão politicamente correta, são mal vistos, de maneira em geral, pelos norte-americanos - seja lá quem essa minoria represente hoje. Não pertencendo à WASP como a conhecemos, o grupo entra no caldeirão dos excluídos. Durante toda a temporada, eles brincam que nunca haverá um presidente italiano nos EUA. O posto acabou com outra minoria - mas esse é um papo para outro pôr-do-sol.
Por outro lado, o nosso lado, os italianos são extremamente bem-vistos, como os europeus que vieram nos salvar e gentilmente deixaram os seus genes. É incrível a quantidade de sobrenomes com letras duplicadas entre os de classe-média.
De certa forma, para os americanos do norte, isso já é uma forma de identificar os italianos. Basta que o seu sobrenome termine em uma vogal - diz Tony Soprano, o cappo que também chora. Aqui, nem isso.
Aqui, num país que era separado entre casas-grande e senzalas, os italianos vieram para ser a classe-média. Lá, eles formaram o povo americano, ou seja aquela grande classe-média, em que todos tentam se diferenciar uns dos outros vestindo meias de cores diferentes compradas na mesma loja.
Por isso, é importante, para eles, tentarem identificar do que são feitos. Para nós, o melhor é esquecer a pronúncia correta dos nossos nomes. Antes de sermos italianos, ainda temos que aprender a ser brasileiros. Ou, sendo mais radical, esquecermos qualquer limite geográfico.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Vedas
Hino a Agni
1 Eu louvo Agni, o sacerdote escolhido, Deus, ministro do sacrifício,
O Hotar(1), o mais pródigo da riqueza,
2 Mais digno é Agni, agraciado por viver com os profetas antigos.
Ele trará para aqui os Deuses.
3 Com Agni, o homem obtém riqueza, aumentando dia a dia,
O mais rico entre os heróis, glória.
4 Agni, o sacrifício perfeito a qual tu circundas
verdadeiramente vai para os Deuses.
5 Pode Agni, o sábio sacerdote, verdadeiro, a maior glória,
O deus, vir para cá com os Deuses.
6 Qualquer benção, Agni, tu concedes ao teu adorador,
que, Aṅgiras(2), é de fato a tua verdade.
7 Para tu, dispersador da noite, Oh, Agni, dia a dia, com prazer
trazendo tua reverencia, nós viemos
8 Governante dos sacrifícios, guarda da lei eterna, radiante Um,
Aumentando a tua própria moradia.
9 Seja de fácil aproximação, como o pai é para o seu filho:
Agni, esteja conosco para a nossa riqueza.
(1) aquele cuja função era invocar os deuses.
(2) Angiras é o nome de um rishi dos Vedas (ou sábio).
Para saber mais sobre Agni.
Para ler outros hinos, em inglês.
Traduzi "wealth" do inglês para "riqueza", mas o sentido obviamente não é o material.
1 Eu louvo Agni, o sacerdote escolhido, Deus, ministro do sacrifício,
O Hotar(1), o mais pródigo da riqueza,
2 Mais digno é Agni, agraciado por viver com os profetas antigos.
Ele trará para aqui os Deuses.
3 Com Agni, o homem obtém riqueza, aumentando dia a dia,
O mais rico entre os heróis, glória.
4 Agni, o sacrifício perfeito a qual tu circundas
verdadeiramente vai para os Deuses.
5 Pode Agni, o sábio sacerdote, verdadeiro, a maior glória,
O deus, vir para cá com os Deuses.
6 Qualquer benção, Agni, tu concedes ao teu adorador,
que, Aṅgiras(2), é de fato a tua verdade.
7 Para tu, dispersador da noite, Oh, Agni, dia a dia, com prazer
trazendo tua reverencia, nós viemos
8 Governante dos sacrifícios, guarda da lei eterna, radiante Um,
Aumentando a tua própria moradia.
9 Seja de fácil aproximação, como o pai é para o seu filho:
Agni, esteja conosco para a nossa riqueza.
(1) aquele cuja função era invocar os deuses.
(2) Angiras é o nome de um rishi dos Vedas (ou sábio).
Para saber mais sobre Agni.
Para ler outros hinos, em inglês.
Traduzi "wealth" do inglês para "riqueza", mas o sentido obviamente não é o material.
domingo, 9 de novembro de 2008
frente para trás De
Mexer com a estrutura narrativa de um produto audiovisual é algo que me interessa. Lembro do Gondry e seu clipe genial para a dupla japa-americana Cibo Matto, e do "Memento", do Chris Nolan, que depois faria "Batman begins". Já tinham me falado desse "Palíndromo", do Barcinski, que já até dirigiu um longa. Mas nunca tinha visto. É interessante - principalmente os diálogos.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Temporada de trocadilhos
Com a eleição de Obama, Paes e a agressão de Dado em Luana, estamos em uma temporada de trocadilhos. O melhor, claro, foi a manchete do "Meia hora" sobre os dois atorezinhos: "Luana não tem mais (foto do ator) em casa". Genial. Escutei dois outros: "Cesar pede a Paes (acrescente qualquer coisa)". E "Obama ou odeia". Faça o seu.
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