Essa é daquelas perguntas cuja resposta mostra a ~~envergadura de um caráter~~. Como eu acabei de passar pela segunda experiência de fogo no meu prédio em menos de quatro anos, já dá para dizer: certamente meu computador.
(Isso deve explicar, inclusive, esse texto de desabafo - embora escrito no celular.)
Dessa segunda vez, ainda peguei o e-reader, lembrei das chaves de casa e malandramente catei um guarda-chuva - vai que o aguaceiro aperta, cheguei a pensar.
Tinha ficado até orgulhoso de mim, da minha organização, considerando que o fogo desta vez foi bem mais perto (no 203 e eu moro no 301, o que faz com que a casa esteja mais enfumaçada que filme do Cheech & Chong, sem qualquer vantagem por isso), de madrugada, e eu tinha tomado uns vinhos para dormir. Aí, já de volta à casa, percebi que tinha me esquecido da carteira. Para que levá-la, né?, me perguntei. Só vive vazia.
Enquanto estava lá embaixo, foi bom ver quem são os meus vizinhos (nesse mundo cada vez menos comunitário) e conferir o que eles levavam: animais de estimação, garrafas d’água, telefones celulares... o de sempre. Ou quase.
Sempre me lembro do primeiro incêndio, lá no 502, no meio da copa de 2014, num dia após um jogo do Brasil e de uma festa bem animada que eu tinha participado. Aquilo sim foi incêndio de verdade. Incêndio moleque. Incêndio de várzea.
Era, pelo menos, de manhã cedo e pude ver o pessoal com mais cuidado - hoje não deu para ver direito os pijamas da coleção 2017 - e o que eles carregavam. Havia documentos, mais gente carregando computadores, animais de estimação, celulares... e uma senhora que sempre me encafifou: ela levava uma pipoqueira.
Pois é.
Não me perguntem se estava cheia ou vazia. Se ela foi pega no meio do processo de fazer pipoca. Se ela é da umbanda. Ou se ela se empolgou com o fogo e resolveu... não, não, isso não.
Fiquei tão chocado que não consegui qualquer aproximação (mentira: até parece que, introvertido como eu sou, eu teria falado algo com ela em qualquer oportunidade).
Dessa vez, infelizmente, não houve nenhum folclore. Melancólicos os nossos tempos. Ou, como disse lá o barbudo, e eu dou fé: a história se repete como farsa.
(Isso deve explicar, inclusive, esse texto de desabafo - embora escrito no celular.)
Dessa segunda vez, ainda peguei o e-reader, lembrei das chaves de casa e malandramente catei um guarda-chuva - vai que o aguaceiro aperta, cheguei a pensar.
Tinha ficado até orgulhoso de mim, da minha organização, considerando que o fogo desta vez foi bem mais perto (no 203 e eu moro no 301, o que faz com que a casa esteja mais enfumaçada que filme do Cheech & Chong, sem qualquer vantagem por isso), de madrugada, e eu tinha tomado uns vinhos para dormir. Aí, já de volta à casa, percebi que tinha me esquecido da carteira. Para que levá-la, né?, me perguntei. Só vive vazia.
Enquanto estava lá embaixo, foi bom ver quem são os meus vizinhos (nesse mundo cada vez menos comunitário) e conferir o que eles levavam: animais de estimação, garrafas d’água, telefones celulares... o de sempre. Ou quase.
Sempre me lembro do primeiro incêndio, lá no 502, no meio da copa de 2014, num dia após um jogo do Brasil e de uma festa bem animada que eu tinha participado. Aquilo sim foi incêndio de verdade. Incêndio moleque. Incêndio de várzea.
Era, pelo menos, de manhã cedo e pude ver o pessoal com mais cuidado - hoje não deu para ver direito os pijamas da coleção 2017 - e o que eles carregavam. Havia documentos, mais gente carregando computadores, animais de estimação, celulares... e uma senhora que sempre me encafifou: ela levava uma pipoqueira.
Pois é.
Não me perguntem se estava cheia ou vazia. Se ela foi pega no meio do processo de fazer pipoca. Se ela é da umbanda. Ou se ela se empolgou com o fogo e resolveu... não, não, isso não.
Fiquei tão chocado que não consegui qualquer aproximação (mentira: até parece que, introvertido como eu sou, eu teria falado algo com ela em qualquer oportunidade).
Dessa vez, infelizmente, não houve nenhum folclore. Melancólicos os nossos tempos. Ou, como disse lá o barbudo, e eu dou fé: a história se repete como farsa.
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