Manter-me nesses últimos anos – isso foi talvez o mais difícil que o meu destino até agora me exigiu. Depois de um tal brado, como foi meu Zaratustra, desde o mais íntimo da alma, não ouvir nenhuma voz de resposta, nada, nada, sempre a solidão sem voz de mil faces – isso é sobremaneira terrível, nisso pode sucumbir ‘até o mais forte’! Ah, eu não sou o mais forte! Meu ânimo está, desde então, ferido; admiro que ainda vivo. Mas não há dúvida de que eu vivo: quem sabe o que ainda tenho que vivenciar!
Carta de Nietzsche a F. Overbeck, de 17 de junho de 1887. KSB 8, n. 863, p. 93s.
Te entendo, Nietzsche. Te entendo.
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