quarta-feira, 16 de maio de 2007

Interrogações

Escrever para quê? Qual é a intenção? Por que manter um local onde se coloca opiniões, que não foram pedidas, sobre assuntos os mais diversos? Quem elege os realmente aptos a opinar sobre qualquer coisa?

Em outro aspecto: por que escrever? Para usar o espaço como um divã virtual? Para exercer a capacidade de expressão? Porque é legal? Porque se ambiciona algo melhor? Porque inveja outros que conseguem? Porque precisa dialogar com as próprias palavras, escritas, e perceber, friamente, o que elas realmente querem dizer? Porque almeja um resultado estético, algo intocável, volúvel, relativo como a "arte"?

E quando não há vontade alguma: deve-se insistir até conseguir umas linhas rascunhadas? Deve-se esperar um pouco, ter paciência, até que a vontade volte? E se não voltar? E se nunca existiu? E se existiu e agora, sem escrever há muito, se acomodar e desistir dos sonhos para viver algo mais cotidiano? (Aliás, viver algo mais cotidiano é uma vergonha para alguém?)

Será que se deve, ainda, alimentar um sonho juvenil, uma crença, algo inanimado, irracional, baseado em nada concreto, mesmo quando a realidade diária mostra que não é exatamente como pensado? Opta-se por uma adaptação, insistência ou desistência?

Ah, as interrogações do meu presente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Crescer é difícil, mudar também. Largar antigos sonhos ainda mais. Se não se tornar num grande martírio eu sugiro que você continue tentando. Se for impossível convém substituí-lo por algum outro novo sonho.
Love you.

contonocanto disse...

Vou continuar tentando...
Anch'io.