Como se preencher um bolão
Começa a Copa e junto com ela, o frenesi com os bolões. Como há mais razões entre o céu e a terra do que imagina nossa vã filosofia, treino é treino, jogo é jogo, e o futebol é uma caixinha de surpresa, qualquer palpite é válido para preencher os resultados das 64 partidas que vão apontar o mais novo (ou, desejamos o mais do mesmo) campeão. Desde que, claro, desconsideremos a hipótese de colocar a Arábia Saudita no quarto lugar, como vi por aí.
O que eu faço, entretanto, é ainda mais absurdo. Crio razões ilógicas e as sigo. Claro que nunca dá certo, mas pelo menos é um exercício de criatividade interessante. As minhas regras pessoais são baseadas única e exclusivamente na superstição - que como se sabe, pode ganhar ou perder Copas inteiras. Se as mostro só agora é para não correr o risco de ser copiado.
Por exemplo: raramente o tipo favorito vence na abertura da competição. Vide Argentina em 90, o sufoco da Alemanha em 94, idem do Brasil em 98 e a derrota da França em 2002.
Nesse ano, a explicação era que a Alemanha não é a atual vencedora - ou seja, mudaram as regras. Deve ser levado em consideração.
Nas últimas Copas, um time do grupo do Brasil se sai muito bem. Suécia em 94, Noruega em 98, Turquia em 2002.
Um time considerado grande é eliminado de maneira bisonha. Na última Copa, França e Argentina. Brasil em 98 (sim, foi na final, mas foi bizarro), Argentina, novamente, em 94, Brasil em 90. Se continuar essa seqüência o próximo é... bate na madeira.
Time favorito não leva a Copa. Podem até argumentar com 1962, mas essa me parece só a exceção que comprova a regra. Lembremos da Hungria em 54, Holanda em 74, Brasil em 82, para ficar nos exemplos óbvios.
Há sempre uma seleção do grupo médio que é a esperança de revelação e morre na praia: Dinamáquina em 1986, Fúria Espanhola sei lá que ano, Colômbia de Rincón, Asprilla e cia., em 98 (ou foi em 94?). Agora a República Tcheca é a maior favorita nesse quesito.
Há sempre uma seleção do grupo médio que ninguém dá nada e consegue umas mamatas até chegar próxima à final. Suécia em 94, Croácia em 98 (foi 98?), Turquia na última Copa. Essa é a mais difícil de acertar.
Enfim, as regras são quase infinitas. Todas, claro, baseadas em algo tão concreto quanto a sorte que um trevo de quatro folhas e um pé de coelho geram.
2 comentários:
Tá. Você tem mil teorias, mas quem vai ganhar sou eu!!!
Já falei que as minhas teorias só servem para me entreter, não para ganhar bolões.
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