quarta-feira, 18 de maio de 2005

Seleção sub-18

O que será escrito é uma impressão superficial. E, por isso mesmo, na minha opinião, válida. Não é um tratado sobre o assunto, nem precisou de uma imensa pesquisa. Apenas passeei por uma manhã aleatoriamente pelos pavilhões do Riocentro na Bienal dos Livros. E a minha conclusão é simples: encontrei poucas coisas interessantes.

Livros sempre com preços de livrarias, títulos comuns, poucos lançamentos e, principalmente, uma proliferação enorme de estandes para crianças e adolescentes. Essas são as principais características da bienal, sem juízo de valor.

Até mesmo o sentimento de tristeza, ante a impossibilidade de comprar tudo o que vc quer, não me atingiu. Só o tive uma única vez. Foi na Taschen. Também pudera: livros sobre grandes cineastas (Truffaut, Hitchcock, Billie Wilder, Kubrick) com fotos e comentários de TODA a filmografia; livros sobre pintores famosos com descrição de toda a carreira; livros sobre fotos, design... TODOS em promoção. Mesmo assim, fora do meu padrão financeiro. O mais barato era um capa mole por 3o pratas. Infelizmente, minha conta corrente me impede de consumir.

Meus camaradas ainda se divertiram quando entraram na Devir, mas já não era a minha praia.

Afora isso, nada demais. O estande do Sesc merece elogios (recriaram os pilares da Praça Mauá, onde o Profeta Gentileza - link mequetrefe - escrevia os seus recados), mas creio que a Bienal deve existir além dessas capas.

Talvez o problema seja eu, que fiquei mais velho e não tenho mais paciência de GARIMPAR em TRÊS pavilhões algumas pechinchas ou objetos obscuros do desejo. Talvez o clima seja esse mesmo, o do oba-oba. Ou talvez essa seja apenas uma visão superficial demais.

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