História para crianças
Ontem, quando tomei banho, bem encontrei uma joaninha dentro da banheira. É mesmo, bem pequenininha. Menor que a unha do meu dedinho do pé. Ela 'tava andando na minha direção e eu pensei: "será que é a joaninha, ou o joaninha?". Mas, logo em seguida, me esqueci disso porque a joaninha insitia em caminhar, devagarinho, devagarinho, para o ralo. Eu liguei o chuveiro e joguei água nela; não queria que ela morresse, né? Ela nadou, nadou e ficou longe à beça de mim. Mas nada de Joaninha desistir. Assim que a onda voltava para mim e a bichinha colocava as patas no chão, ela voltava a andar. Parecia encasquetada, sabe quando queremos algo, e não conseguimos pensar em outra coisa? De novo joguei água - dessa vez com espuma do sabão - e de novo ela fez a mesma coisa. Que burra era essa joaninha... Mais uma vez joguei água e já tinha esquecido de continuar o banho e outra vez ela vinha para mim. Não adiantava eu falar com ela: "Pára, Joaninha, você vai morrer afogada!" Foi então que eu juntei todas as minhas forças, tapei o ralo para juntar um pouco de água, e taquei uma pernada forte p'ra burro na pequenina. Ela subiu que nem quando estamos na praia e uma daquelas ondas grandonas passam por a gente, e depois voltou, na minha direção junto com a onda e foi direto para o ralo. Ainda tentei meter a mão dentro do cano, mas não deu, não dava mais. 'Tadinha, fiquei com uma pena dela...
versão otimista
Foi então que eu juntei todas as minhas forças, tapei o ralo para acumular um pouco de água, e taquei uma pernada forte p'ra burro na pequenina. Ela veio e eu consegui, rapidinho, tapar o ralo: ela ficou boiando. Lembrei que era uma joaninha apenas e "por que eu nao a pegava na mão e a tirava dali?". Depois, quando eu me secava com a minha toalha verde, a vi, andava feliz e contente pela parede do banheiro, com todos os seus amigos joaninhas.
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