A nova empreitada tecnológica do Robert Zemeckis, com roteiro de Neil Gaiman (!) e Roger Avary (!!) , "Beowulf", vai ocupar a sala 3d de um cinema da Barra. Pelo menos eu suspeito fortemente, porque a cabine do longa, que usa a mesma tecnologia desenvolvida para o fracassado "O Expresso Polar", em que Tom Hanks fazia todos os papéis e ganhava apenas um salário, foi na sala em questão. Eu não fui, mas disseram que havia gente se divertindo ao desviar das flechas lançadas nas guerras do herói épico do poema seminal anglo-saxão.
O que isso quer dizer? Que os estúdios acordaram e, em vez de combater a pirataria, estão transformando os seus filmes em centros de entretenimentos. A telona sozinha já não faz mais platéia. As pessoas preferimos ver as produções em casa, sem pagar os ingressos exorbitantes e sem precisar dividir o espaço com os educados espectadores que gostam de comentar, de graça, todo e qualquer movimento do filme.
Ou seja, como bons marqueteiros, os estúdios entenderam que devem vender mais que o filme em si. Devem proporcionar uma diversão que, em casa, o sujeito não alcançaria. Muito mais inteligente que impedir o download.
Claro que isso não vale para todo e qualquer filme, apenas para os com muitas explosões, guerras e efeitos especiais. Ou seja, Hollywood. Por isso, já reservei os meus óculos de aros grossos e lentes especiais.
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