quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Cavalinhos

Está começando a ficar na moda, entre a emergente classe média, investir na bolsa. Um camarada meu disse que ganhou, em apenas um dia, 50% do montante original em uma determinada ação. Outro já sabe que, ano que vem, o Brasil vai ganhar o grau máximo de investimento, o que quer dizer que vai atrair ainda mais gente interessada nas empresas brasileiras, ou melhor, nos papéis negociadas na bolsa em São Paulo.

Hoje, na parte da tarde, escutei uma história que me deu uma imagem bem aproximada do que é jogar na bolsa. Segundo fontes confidenciais, para ganhar muito, deveria comprar uma determinada ação de uma instituição "x", num dia específico, para, três dias depois, ter que vender novamente. Ou seja, segundo o sujeito, em apenas três dias, o montante se multiplicaria.

Foi aí que eu percebi que a investir na bolsa é igual a apostar nos cavalinhos - como dizia o velho Bukowski. Nunca é certo, o risco é alto, o retorno, idem e se você tiver um contato na cocheira certa é
dinheiro na mão e correr para o abraço.

A diferença, talvez, fique no quesito retorno. Um terceiro amigo me disse que nem na crise de 1929, a bolsa de Nova York demorou a se reerguer. Se você tivesse perdido quase tudo com o crack, mas não tirasse a grana, em 1934 já tinha um saldo positivo. Ou seja, vamos às apostas.

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