Ficar sem fazer nada, curiosamente, é um dos meus luxos contemporâneos. Normalmente, estou tão cheio de coisas para fazer nos dias de semana que, nos fins-de, quando não plantoneio, sinto que tenho que preencher a lacuna com algo produtivo.
Qualquer segundo parado, deitado, olhando o nada, escutando música ou apenas lendo o jornal no sofá é desperdício. Poderia estar aprendendo algo novo, visitando coisas interessantes, vendo as diferentes formas do mundo. Em suma, sendo ativo.
O ócio não é bem visto pelo meu piloto automático. Eu, o outro, tenho que tomar as rédeas, de vez em quando, só para me lembrar que posso, sim, ficar deitado na sala vendo o Chung Li ser derrotado pelo João Cláudio Van Damme, como fiz há dois anos, no meu aniversário.
Agora vou parar de escrever para fazer um pouquinho de nada. Com licença.
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