sábado, 28 de abril de 2012

Filosofia na América Latina?

O desafio na América Latina é simplesmente o de filosofar contra todas as expectativas. Todos os outros problemas são menos graves do que esse, que me parece o fundamental. Já no começo do século XX, muitos países latino-americanos começaram a se perguntar acerca de um filosofar desde a América Latina, e o problema da sua mera existência precedia a todos os problemas de essência: antes de discutir as temáticas e metodologias de um filosofar latino-americano, é preciso perguntar se poderá o pensador latino-americano filosofar.

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Na filosofia hispano-americana já se colocou em xeque há muitos anos – pelo menos desde os escritos de Leopoldo Zea e Salazar Bondy – a identificação entre o “universal” e o europeu; a Europa situou problemas universais a partir da sua perspectiva histórico-existencial e nós, latino-americanos, deveríamos fazer o que eles fizeram, situar os universais desde nossa perspectiva pensante (que inclui, por exemplo, a conquista, uma experiência que o europeu nunca teve). Desse modo, nos afastaríamos tanto de um nacionalismo hoje impensável quanto de um universalismo abstrato, aquele que impera atualmente na comunidade brasileira.
Julio Cabrera, professor argentino de filosofia da UNB. [via.]

Estou começando a achar que a minha monografia foi uma bola dentro.

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