terça-feira, 31 de maio de 2005

Duas situações constrangedoras

Lá nos EUA, onde ela mora, já é aniversário de minha irmã. Em nossa última conversa por telefone, percebi como somos diferentes. E como, provavelmente, nunca nos aproximaremos em nossos gostos. Antes, porém, quero falar que conheci, ainda na década de 80, U2, a Legião Urbana e, mainly, The Smiths, com ela. Ou seja, dívida de gratidão eterna. São bandas que, se hoje não me são cotidianas, formaram um pouco o meu gosto musical.

Enfim, como dizia, estava eu ao telefone, tentando puxar um papo com ela, algo que fugisse das burocracias do dia-a-dia, e ela fala que comprou um novo cd e quer saber se eu gosto. Fico apreensivo. E tenho motivo para tal. Depois de alguns segundos sem que ela se lembrasse qual era o nome mesmo, ela falou: Evanescence. Tentei melhorar afirmando que era uma banda de adolescente e que, por isso, ela deveria se sentir jovem. Mas mudamos de assunto logo em seguida e ela me perguntou sobre o meu trabalho, como ia a faculdade, e a namorada? vai bem?

Pior que isso, só aconteceu no aniversário de meu sobrinho, dia 12 passado. Estava conversando com meu cunhado sobre as grandes vantagens dos programas de download de música e como se consegue coisas desconhecidas e raras, quando o marido de uma prima minha de segundo grau me falou quase orgulhoso que tinha, também, cometido sua imprudência e alimentado o universo paralelo ao comprar um cd pirata. Em seguida me perguntou se eu gostava da... da... da... (ele também havia esquecido, o que me dá argumentos para pensar que essas pessoas não são tão fãs assim de música) da... Dani Carlos. Não, eu não conhecia. Só de nome. Ele devolve: Muito boa. Ela faz, como é que se chama?, cover, né? cover... e só com o violão.

Na hora me veio à mente a figura daquele outro sujeito que imita os outros com instrumentos desplugados. Como é mesmo o nome dele? Nogueira... Artur... (google me ajuda e) Emmerson Nogueira. Esse mesmo.

O que dizer além disso? Claro, parabéns, irmã!

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