Se melhorar piora; se piorar, melhora.
Ontem o dólar subiu e a bolsa caiu, frutos das declarações sobre o 'Mensalão'. O governo, antes disso, na época das denúncias sobre a corrupção nos Correios, tentou barrar a CPI a qualquer custo. Seus argumentos eram corretos: a investigação poderá ser usada como fins eleitoreiros e a estabilidade do país estaria ameaçada pela comissão parlamentar de investigação.
Se a primeira questão é, de certa forma, tão ridícula que não vejo motivos para discussões.
Já o segundo tema é mais espinhoso. Será que é mesmo uma escolha entre corrupção e inflação? Ou seja, ou investigamos e denunciamos as irregularidades e vemos a economia sofrer solavancos, ou o inverso: admitimos que há o jeitinho institucionalizado, mas podemos dormir como um dos países chamados "em desenvolvimento", com dólar em queda e fluxo de investimento externo em crescimento.
Não sei, não. Se tivesse que escolher, já que não há a hipótese de termos um país justo e forte na economia ao mesmo tempo, optaria por, ao menos, ser limpo. Pobre, mas limpinho.
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