White Stripes: o show in terraes cariocaes
Em poucas palavras? Foi bom, mas estava vazio. Sem querer cair no mérito de que música tocou, porque eu não anotei o playlist (e também porque faço parte do grupo de pessoas que sabe que a música existe, mas só conhece o nome das suas preferidas) e porque é suficiente para mim saber que estas tocaram: "Dead leaves in a dirty ground"; "I'm think I smell a rat"; "Stay in love with a girl"; por que não "Seven Nation Army"? E outras que a minha memória me impede de lembrar.
Jack estava com o diabo no corpo, para usar uma expressão na moda - deles. Depois de uma música - do primeiro disco, mas não me perguntem o nome - em que ele cantou por um tempo segurando o microfone e depois desabou no chão, numa espécie de epilepsia de fundo roqueiro, um camarada comentou que só faltou a pomba-gira. Meg estava lá sentada atrás do seu diminuto set de bateria - sem mais adjetivos ou palavras extras.
Foi "bonitinho" - no dizer da R., mas que eu concordo - ouvi-lo dizer: "god bless you", como últimas palavras, depois de um longo discurso que, se eu não pesquei tudo, entendi o sentido e era uma super-homenagem ao Rio e como ele gostaria de morar aqui . (Como essa expressão é diferente quando pronunciada pelo G. W. Bush). Fiquei pensando: e se eles se transformassem em espécies de Jimmy Cliff?. Não seria mal...
Interessante também descobrir qual era a música nova de trabalho, porque todo indie sabia cantar e a que os fez mais pular. Esse segmento do mercado / tribo da sociedade de consumo (dependendo de com quem você está conversando) é viciado em novidade e não se contenta com o primeiro cd, ou o anterior. Tem que ser o mais atualizado. E como estava rodeado por indies...
Resumindo, como disse: foi bom, mas estava vazio. Os 100 dinheiros pesaram na empolgação. Quando parecia que "agora ia", do ambiente ecoava um silêncio e dava uma paumolada no show. Se tivesse em um ambiente mais intimista, ou numa panela de pressão, acho que me sentiria no inferno. No bom sentido.
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