É uma suposição razoável afirmar que a morte de Deus é o maior tema dos escritos de Nietzsche. Não o Deus cristão, por vezes católico, ou não apenas esse Deus. Mas como um sinônimo de absoluto, no sentido de proferir certezas inabaláveis. Por isso ele usa, vez por outra, a expressão "sombra de Deus" para abordar outros temas em que as pessoas tendem a crer - a palavra é aleatória - em determinados dogmas sem qualquer reflexão.
"Antidogmática" seria outro adjetivo ligado à sua filosofia. E nesse sentido cabe perguntar se esse processo, de certa forma, não seria um tipo de dogmatismo - ser contra dogmas. O que vale acrescentar, em favor de Nietzsche e contra os seus detratores, é que ele não seguia uma ideia por muito tempo, serpenteando por extremos, usando o mesmo conceito de maneiras inversas e até contraditórias, como se já tivesse a consciência de que poderia cair no erro que ele estava condenando. Por isso, ou melhor, prova disso é, talvez, sua sugestão de como o caos é a única norma da vida - "a única condição do mundo", em suas palavras. Porque, inclusive, ele sugere, como eco para a sua proposta "caótica", que a vida é uma parte ínfima da morte - sendo "morte" aqui todos os estados naturais, não apenas o fim da vida, mas o início, e todas as outras eras.
Nessa interpretação, ele destrói o dogma do humanismo - no sentido de colocar o homem como medida para o resto da natureza/cosmos. Ou, para usar uma expressão que poderia ser do agrado de Nietzsche, do homem como imagem e semelhança de Deus.
"Antidogmática" seria outro adjetivo ligado à sua filosofia. E nesse sentido cabe perguntar se esse processo, de certa forma, não seria um tipo de dogmatismo - ser contra dogmas. O que vale acrescentar, em favor de Nietzsche e contra os seus detratores, é que ele não seguia uma ideia por muito tempo, serpenteando por extremos, usando o mesmo conceito de maneiras inversas e até contraditórias, como se já tivesse a consciência de que poderia cair no erro que ele estava condenando. Por isso, ou melhor, prova disso é, talvez, sua sugestão de como o caos é a única norma da vida - "a única condição do mundo", em suas palavras. Porque, inclusive, ele sugere, como eco para a sua proposta "caótica", que a vida é uma parte ínfima da morte - sendo "morte" aqui todos os estados naturais, não apenas o fim da vida, mas o início, e todas as outras eras.
Nessa interpretação, ele destrói o dogma do humanismo - no sentido de colocar o homem como medida para o resto da natureza/cosmos. Ou, para usar uma expressão que poderia ser do agrado de Nietzsche, do homem como imagem e semelhança de Deus.
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