Ele é um policial honesto em um corporação completamente corrupta. Vivido por um dos maiores atores de sua geração e inspirado em um personagem real, ele trabalha em uma cidade violenta, em que o jogo ilegal e o tráfico de drogas é comum. Os policiais pegam dinheiro das atividades ilícitas e quem está fora do esquema é mal visto pelos colegas. Sua companheira, não aguentando o destempero constante, o abandona. Ao fim do filme, um depoimento seu em uma comissão legislativa ajuda a acabar - ou pelo menos, desmontar algumas peças - do esquema, do "sistema".
As semelhanças entre "Serpico", clássico policial com tintas do blaxploitation, de Sidney Lumet, e o "Tropa de elite" acabam aí. Serpico é um novaiorquino, hippie típico dos anos 1960, filho de imigrantes italianos que integra a força policial porque é seu sonho de criança. Não há um uma tropa de incorruptos - como, por exemplo, havia em "Os intocáveis" - nem a estrutura da polícia americana é igual à brasileira. Além disso, no filme americano, quem tortura são os policiais corruptos, não toda a corporação - Serpico, inclusive, é contra a prática.
Mas é curioso ver como o problema da violência de uma cidade está intimamente ligada - ou coincidentemente ligada nesses dois lugares - a casos de corrupções do braço do estado na segurança pública. Em "Serpico" vemos uma Nova York degradada, suja, com discriminação racial, e uma exclusão dos pobres da decisão. Há até um diálogo em que um dos corruptos afirma que prende só os negros e pobres, liberando os italianos, porque eles teriam "palavra", cumpririam com as suas promessas.
Algum sociólogo vai saber responder com exatidão de onde nasce a criminalidade - mas suspeito que estatisticamente tem a ver com desigualdade social e pobreza exagerada. Em seguida, vem corrupção e violência, como um dilema tostines, de quem veio primeiro. É claro que na Suécia há criminalidade, violência e até corrupção, acrescentando ainda xenofobia e até elementos de eugenia, mas duvido que haja uma tropa de elite ou policiais que se destaquem dos demais apenas por serem corretos lá.
As semelhanças entre "Serpico", clássico policial com tintas do blaxploitation, de Sidney Lumet, e o "Tropa de elite" acabam aí. Serpico é um novaiorquino, hippie típico dos anos 1960, filho de imigrantes italianos que integra a força policial porque é seu sonho de criança. Não há um uma tropa de incorruptos - como, por exemplo, havia em "Os intocáveis" - nem a estrutura da polícia americana é igual à brasileira. Além disso, no filme americano, quem tortura são os policiais corruptos, não toda a corporação - Serpico, inclusive, é contra a prática.
Mas é curioso ver como o problema da violência de uma cidade está intimamente ligada - ou coincidentemente ligada nesses dois lugares - a casos de corrupções do braço do estado na segurança pública. Em "Serpico" vemos uma Nova York degradada, suja, com discriminação racial, e uma exclusão dos pobres da decisão. Há até um diálogo em que um dos corruptos afirma que prende só os negros e pobres, liberando os italianos, porque eles teriam "palavra", cumpririam com as suas promessas.
Algum sociólogo vai saber responder com exatidão de onde nasce a criminalidade - mas suspeito que estatisticamente tem a ver com desigualdade social e pobreza exagerada. Em seguida, vem corrupção e violência, como um dilema tostines, de quem veio primeiro. É claro que na Suécia há criminalidade, violência e até corrupção, acrescentando ainda xenofobia e até elementos de eugenia, mas duvido que haja uma tropa de elite ou policiais que se destaquem dos demais apenas por serem corretos lá.
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