Com a questão da casa razoavelmente resolvida - até segunda ordem -, já podemos levantar algumas suspeitas mais concretas. Ou podemos falar nossas besteiras de sempre, mas fingirmos que é baseada na opinião de outras pessoas - o que jornalista faz, né.
Aparentemente é balela associar as Olimpíadas com a dificuldade de se conseguir um canto para se morar aqui. Em um dia movimentado, que visitamos 13 diferentes imobiliárias, conseguimos conversar com algumas pessoas do ramo e eles nem sequer citavam o evento esportivo. Para eles, a dificuldade tem a ver com a crise americana, que - não acho coincidência - teve seu início no ramo imobiliário.
Segundo um dos corretores com quem batemos um papo, antes desse probleminha da hipoteca nos EUA, o crédito para se conseguir uma casa era ridiculamente fácil na Inglaterra. Bastava apresentar um contracheque no banco para arranjar a grana emprestada e dar de entrada num flat. Agora, diz ele, é preciso ter ao menos 25% de todo o valor para se conseguir o financiamento da casa própria. Assim, esse pessoal que não consegue juntar uma grana razoável, partiu para o mercado de aluguéis, e acabou inflacionando os contratos.
Mesmo assim, o mercado ainda não faz tantas exigências como no Brasil. É possível, por exemplo, alugar uma casa sem um fiador - que é exigido apenas no caso de não se comprovar a renda da pessoa. O problema não é exatamente alugar um casa, o processo burocrático para tal, mas encontrar uma casa. Nesse mesmo dia em que visitamos as 13 agências, só conseguimos ver um apartamento além dos dois que já tínhamos marcado previamente. E foi com ele que ficamos - por uma questão de precaução.
Também não vale o processo brasileiro de se conferir as imagens na internet - quiçá nos jornais. Mesmo que o processo não seja tão rápido, como apregoam os próprios corretores, assim que o anúncio aparece num site, o lugar já foi embora. E ainda há o migué londrino de se colocar o anúncio como se fosse uma isca e atrair os interessados. Você liga para a agência e deixa seus contatos, seu perfil e, caso algo se encaixe apareça, eles te ligam de volta. Claro que isso não é um problema em si, mas é só para você saber que eles não são assim tão corretos, não.
Além disso, há o problema do quando se mudar. Como a rotatividade dos imóveis aqui é grande - há realmente uma maré de gente que vem para Londres estudar e chega todos os setembros e vai embora no ano seguinte - há a questão de você gostar do lugar, achar o preço ótimo, mas só estar livre em janeiro de 2012. Portanto, se programar é uma vantagem.
No mais, as dicas de sempre: compre um sim card [sugiro a Fodavone], carregue 10 pounds [e ganhe 300 sms e acesso a internet] e tente abrir o mais rápido possível uma conta de banco. Se abrir no Brasil no HSBC, uma conta Premium, a sua vida fica bem mais fácil aqui.
Aparentemente é balela associar as Olimpíadas com a dificuldade de se conseguir um canto para se morar aqui. Em um dia movimentado, que visitamos 13 diferentes imobiliárias, conseguimos conversar com algumas pessoas do ramo e eles nem sequer citavam o evento esportivo. Para eles, a dificuldade tem a ver com a crise americana, que - não acho coincidência - teve seu início no ramo imobiliário.
Segundo um dos corretores com quem batemos um papo, antes desse probleminha da hipoteca nos EUA, o crédito para se conseguir uma casa era ridiculamente fácil na Inglaterra. Bastava apresentar um contracheque no banco para arranjar a grana emprestada e dar de entrada num flat. Agora, diz ele, é preciso ter ao menos 25% de todo o valor para se conseguir o financiamento da casa própria. Assim, esse pessoal que não consegue juntar uma grana razoável, partiu para o mercado de aluguéis, e acabou inflacionando os contratos.
Mesmo assim, o mercado ainda não faz tantas exigências como no Brasil. É possível, por exemplo, alugar uma casa sem um fiador - que é exigido apenas no caso de não se comprovar a renda da pessoa. O problema não é exatamente alugar um casa, o processo burocrático para tal, mas encontrar uma casa. Nesse mesmo dia em que visitamos as 13 agências, só conseguimos ver um apartamento além dos dois que já tínhamos marcado previamente. E foi com ele que ficamos - por uma questão de precaução.
Também não vale o processo brasileiro de se conferir as imagens na internet - quiçá nos jornais. Mesmo que o processo não seja tão rápido, como apregoam os próprios corretores, assim que o anúncio aparece num site, o lugar já foi embora. E ainda há o migué londrino de se colocar o anúncio como se fosse uma isca e atrair os interessados. Você liga para a agência e deixa seus contatos, seu perfil e, caso algo se encaixe apareça, eles te ligam de volta. Claro que isso não é um problema em si, mas é só para você saber que eles não são assim tão corretos, não.
Além disso, há o problema do quando se mudar. Como a rotatividade dos imóveis aqui é grande - há realmente uma maré de gente que vem para Londres estudar e chega todos os setembros e vai embora no ano seguinte - há a questão de você gostar do lugar, achar o preço ótimo, mas só estar livre em janeiro de 2012. Portanto, se programar é uma vantagem.
No mais, as dicas de sempre: compre um sim card [sugiro a Fodavone], carregue 10 pounds [e ganhe 300 sms e acesso a internet] e tente abrir o mais rápido possível uma conta de banco. Se abrir no Brasil no HSBC, uma conta Premium, a sua vida fica bem mais fácil aqui.
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