Ainda num clima "O individual, o coletivo e o conservador", leio um texto do historiador, mestre de muitos amigos, Ciro Flamarion Cardoso, em que ele pergunta logo no título: "Por que os seres humanos agem como agem?". Dono de uma cultura vastíssima, ele tenta no início mostrar os seus próprios limites na pesquisa - já que o assunto é praticamente infinito. E os divide em "dois grandes eixos": coletivo x individual; natural x social/cultural. Correndo o sagrado risco da generalização, e sem importância prática para o que se verá aqui, acho que os dois grupos são a praticamente a mesma coisa.
Ele escreve em certo momento: "Toda conduta humana, seja individual, seja coletiva, pode ser apresentada como resultado final de dois processos de seleção". O social/cultural e o natural, ou coletivo e o individual. Passa-se primeiro pelos primeiros e depois se chega aos segundos. Antes, a tomada de decisão passa pelo todo e depois vai para o pormenor. Não dá, portanto, para priorizar um dos "dois filtros", como ele chama, em detrimento do outro.
E é esse o erro de quem opta por um dos dois lados apenas. Somos mais que extremistas. Somos mais que esquerda e direita [ou centro]. Preto e branco [e amarelos]. Certo e errado, verdade e mentira. Somos gamas, tensões, híbridos, tons. Somos seres que deveriam se adaptar às situações dadas, em vez de ficarmos presos a dogmas pré-estabelecidos há gerações. Temos que tentar fazer o melhor que conseguirmos, com as ferramentas que temos, na hora que o problema se apresenta.
Mais ou menos como é a minha interpretação da proposta nietzscheana, que eu já tinha escrito no texto anterior, da vontade de potência [apenas no caso alemão é mais afirmativo]: se você quer algo e esse algo é possível, faça. Simplesmente.
Ele escreve em certo momento: "Toda conduta humana, seja individual, seja coletiva, pode ser apresentada como resultado final de dois processos de seleção". O social/cultural e o natural, ou coletivo e o individual. Passa-se primeiro pelos primeiros e depois se chega aos segundos. Antes, a tomada de decisão passa pelo todo e depois vai para o pormenor. Não dá, portanto, para priorizar um dos "dois filtros", como ele chama, em detrimento do outro.
E é esse o erro de quem opta por um dos dois lados apenas. Somos mais que extremistas. Somos mais que esquerda e direita [ou centro]. Preto e branco [e amarelos]. Certo e errado, verdade e mentira. Somos gamas, tensões, híbridos, tons. Somos seres que deveriam se adaptar às situações dadas, em vez de ficarmos presos a dogmas pré-estabelecidos há gerações. Temos que tentar fazer o melhor que conseguirmos, com as ferramentas que temos, na hora que o problema se apresenta.
Mais ou menos como é a minha interpretação da proposta nietzscheana, que eu já tinha escrito no texto anterior, da vontade de potência [apenas no caso alemão é mais afirmativo]: se você quer algo e esse algo é possível, faça. Simplesmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário