A polícia é um dos instrumentos essenciais para nos manter dentro de uma sociedade baseada em leis. É ela quem faz cumprir essas leis. Isso, claro, na tese.
Não deve haver, porém, lugar nenhum do mundo em que a polícia seja amada pelos seus cidadãos. O motivo é simples: a polícia é quem diz "não" para as pessoas. É o primeiro contato com a máquina estatal. Quem mostra, em primeiro lugar, os limites desse Estado e o que você é obrigado a fazer para ter as vantagens de integrar essa sociedade. É quem te tira dessa sociedade e te isola caso você faça algo que as leis não permitem.
Portanto, não é fácil a vida de policiais em qualquer lugar do mundo. Mas, aparentemente, no Rio [e não só no Rio, nem só no Brasil], a polícia carrega outras responsabilidades.
A polícia se transformou no exército [daí não ser coincidência ter uma parcela importante chamada "militar"] do estado que quer ser Estado para, simplesmente, manter o seu status quo. Em outras palavras, protege os mais importantes e ataca os desimportantes. Vira instrumento de violência. Aqui, isso acontece desde que a polícia é polícia - e antes disso já acontecia também.
A polícia não entende que é parte da sociedade, não está à parte. Não entende que os homens e mulheres que eles agridem são seus iguais. O raciocínio "nós X eles", usado pelos policiais, demonstra como não somos nada, absolutamente nada, iguais perante nenhuma lei. E que todas as vezes que um policial usa da prerrogativa da hierarquia para obedecer as ordens de agressão está simplesmente se comportando desumanamente.
O que mais me choca em tudo isso é: como [ou por quê?!] a polícia precisa de um inimigo para lutar contra. Como age dentro de uma lógica do ressentimento. Acredita [erroneamente] que precisa do outro para existir. Do outro que deve ser combatido. Do inimigo. O outro que me dá sentido e razão de ser, porque deve ser eliminado. Mas e quando o inimigo é todo o restante da população?
Não deve haver, porém, lugar nenhum do mundo em que a polícia seja amada pelos seus cidadãos. O motivo é simples: a polícia é quem diz "não" para as pessoas. É o primeiro contato com a máquina estatal. Quem mostra, em primeiro lugar, os limites desse Estado e o que você é obrigado a fazer para ter as vantagens de integrar essa sociedade. É quem te tira dessa sociedade e te isola caso você faça algo que as leis não permitem.
Portanto, não é fácil a vida de policiais em qualquer lugar do mundo. Mas, aparentemente, no Rio [e não só no Rio, nem só no Brasil], a polícia carrega outras responsabilidades.
A polícia se transformou no exército [daí não ser coincidência ter uma parcela importante chamada "militar"] do estado que quer ser Estado para, simplesmente, manter o seu status quo. Em outras palavras, protege os mais importantes e ataca os desimportantes. Vira instrumento de violência. Aqui, isso acontece desde que a polícia é polícia - e antes disso já acontecia também.
A polícia não entende que é parte da sociedade, não está à parte. Não entende que os homens e mulheres que eles agridem são seus iguais. O raciocínio "nós X eles", usado pelos policiais, demonstra como não somos nada, absolutamente nada, iguais perante nenhuma lei. E que todas as vezes que um policial usa da prerrogativa da hierarquia para obedecer as ordens de agressão está simplesmente se comportando desumanamente.
O que mais me choca em tudo isso é: como [ou por quê?!] a polícia precisa de um inimigo para lutar contra. Como age dentro de uma lógica do ressentimento. Acredita [erroneamente] que precisa do outro para existir. Do outro que deve ser combatido. Do inimigo. O outro que me dá sentido e razão de ser, porque deve ser eliminado. Mas e quando o inimigo é todo o restante da população?