Primeiro uma estocada:
"O 13 de Maio deveria ser comemorado nas ruas como uma festa popular em homenagem aos personagens públicos e aos milhares de heróis anônimos que conduziram a primeira grande luta social de âmbito nacional no Brasil e derrotaram a dinastia e a elite escravista. É uma tragédia que essa data tenha sido praticamente enterrada sob a narrativa revisionista fabricada na linha de montagem da "história dos vencidos"."
Depois o golpe final:
"Zumbi não viveu no Brasil, mas na formação social de um enclave colonial-mercantil português. Na luta gloriosa e desesperada que liderou, não existia a alternativa de mudar o mundo, mas apenas a de segregar os seus num outro mundo, que foi Palmares. Os revisionistas que fingem celebrar a memória de Zumbi praticam um seqüestro intelectual, despindo a narrativa de seu contexto histórico para fazer do quilombo uma metáfora do seu programa atual de separação política e jurídica das "raças". Esse é o motivo pelo qual decidiram abolir a Abolição."
Demétrio Magnoli, na Folha.
Antes de terminar, um adendo. Magnoli já tinha escrito, em sete de setembro de 2002, que "No dia 7 de outubro, o país pode acordar com a notícia de que Lula é o novo presidente. Um evento histórico, sem dúvida. Mas o evento mais importante já aconteceu: o fim do PT. A vitória ou a derrota de Lula não pode modificar isso."
Nota mental: ter mais atenção com esse nome a partir de agora.
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